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12/12/2007 - 19h28

Governo já admite possibilidade de CPMF ser derrotada, mas mantém negociação

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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu hoje que o Planalto está consciente da dificuldade para aprovar a PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. No entanto, ele afirmou que o governo não desistiu de tentar aprovar a proposta e que tentará vencer até o último minuto.

Questionado se a chance da proposta ser derrotada era de 98% e de ser aprovada era de 2%, Jucá respondeu: "Essa é uma boa avaliação".

Jucá disse que o governo vai para o "tudo ou nada" na tentativa de manter a contribuição e que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é para que a matéria seja votada nesta noite no plenário do Senado --com ou sem os 49 votos necessários para a sua aprovação.

Nos bastidores, o governo joga pesado para tentar convencer senadores do PSDB a aprovarem a prorrogação da CPMF.

Jucá vai tentar fazer um último apelo à oposição no momento em que for encaminhar a votação pela liderança do governo. O líder mantém suspense sobre a oferta que formalizará no plenário, mas afirma que a orientação de Lula é votar a CPMF nesta quarta-feira.

Pressa

Jucá disse que não dá para tentar aprovar a proposta amanhã, pois existe o risco de não haver quórum para a votação. É que muitos senadores deixam Brasília na quinta-feira. Além disso, outros senadores devem ir a Roraima para participar do enterro do governador Ottomar Pinto (PSDB), que morreu ontem.

A vigência da CPMF termina em 31 de dezembro. Para passar, a proposta precisa ser aprovada, em dois turnos, com ao menos 49 votos favoráveis. Como o Congresso entra em recesso a partir de 24 --o dia 22 cai num sábado--, o tempo da negociação é curto.

Se não votar a proposta até lá, a negociação será adiada para 2008. O problema é que nesse caso o governo terá de cumprir a chamada noventena --carência de 90 dias para instituição de novos tributos.

Nova proposta

Para conseguir o apoio da oposição, principalmente do PSDB, o governo chegou a apresentar uma nova proposta. Pela nova proposta, o governo repassaria 100% dos recursos arrecadados com a CPMF para a saúde. Hoje, só a parcela de 0,20 da alíquota de 0,38% é destinada ao setor.

Para garantir o cumprimento da proposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a prometer que assinaria uma carta-compromisso. Nesse documento, Lula também sinalizaria que a CPMF teria a vigência de somente mais um ano e seria rediscutida dentro de uma reforma tributária.

A bancada do PSDB no Senado não cedeu aos apelos do presidente Lula e dos governadores do partido e decidiu manter a orientação de votar contra a PEC que prorroga a cobrança da CPMF até 2011.

"Os 13 [senadores da bancada tucana] vão votar contra. O governo teve todo o prazo do mundo para se entender. Nada fará uma mudança de comportamento", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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