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Virgílio ameaça deixar liderança do PSDB se bancada votar pró-CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), subiu à tribuna do plenário do Senado para protestar contra a proposta do governo para que os tucanos votem a favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Irritado, Virgílio acusou o governo de "prepotência" ao pressionar governadores tucanos a defenderem a prorrogação da CPMF com a bancada no Senado --o que provocou um racha no partido.
"O governo opta pela prepotência achando que senador obedece a governador. Jamais abrirei mão da autonomia da minha bancada. Quebrar minha coluna dorsal, ninguém quebra", afirmou.
Virgílio ameaçou abandonar a liderança do PSDB no Senado se os demais parlamentares não concordarem com a derrota da CPMF no plenário. "Não sou obrigado a permanecer líder do partido nem mais um segundo. Eu não consigo dar para trás na palavra que empenhei. Haja o que houver, se eu estiver certo esta posição deve ser dividida com a minha bancada. Se eu estiver errado, a responsabilidade é completamente minha", disse.
O tucano disse que foi obrigado a se indispor com figuras "estimadas" do partido --numa referência indireta aos governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) que pressionaram a bancada para votar a favor da prorrogação da CPMF.
Virgílio admitiu que a bancada do PSDB no Senado viveu momentos de "tensão" após sucessivas ofertas do Executivo para tentar convencer os tucanos a aprovarem a CPMF. Em uma delas, o governo se comprometeu em repassar integralmente os repasses do "imposto do cheque" à saúde.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também teria se comprometido a manter a vigência da CPMF somente até 2009, com a modificação prevista na reforma tributária a ser enviada ao Congresso. Pela proposta em tramitação no Senado, o "imposto do cheque" terá vigência até 2011 se for aprovado.
O tucano não descartou negociar mudanças na CPMF com o governo federal, mas desde que as conversas se estendam até o ano que vem. "Se quiser efetiva negociação conosco a partir de janeiro, sem demagogia, tudo bem. Se começarem amanhã os desrespeitos, aí fica impossível negociar. Não consigo negociar com quem me chantageia, ameaça."
Unidade
No final de seu discurso, Virgílio assegurou que os 13 senadores do PSDB vão votar contra a prorrogação da CPMF após sucessivos debates dentro da bancada. O tucano disse que não haverá dissidências, apesar de parte dos senadores ter cogitado votar favoravelmente ao governo.
"Recomendo à bancada que dê seu voto firme a favor da derrubada desse imposto, para que o governo seja obrigado a descer ao nível terrestre e negociar conosco uma reforma tributária. Pela minha crença, eu voto não", enfatizou.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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