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Simon bate-boca com Virgílio no plenário ao propor adiamento de votação da CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez hoje um apelo para que os senadores adiem a votação da proposta de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para o meio-dia desta quinta-feira (13). O peemedebista pediu mais tempo para que os parlamentares analisem as propostas do governo oferecidas em contrapartida à prorrogação do "imposto do cheque".
"O governo mandou propostas na última hora, mas mandou. Já estamos a um minuto da quinta-feira, podemos remarcar a sessão para ler e reler os documentos do governo. Faço esse apelo como um irmão mais velho de todos", afirmou.
Irritado com a proposta, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) bateu boca com Simon no plenário. Após ser provocado pelo peemedebista, Virgílio disse que Simon "talvez não falasse tanto se trabalhasse como devia". O tucano disse que o peemedebista deveria se assumir como uma pessoa "que se acha acima do bem e do mal".
Em resposta, Simon disse que Virgílio era um "gurizinho de calças curtas" quando já estava na vida política brasileira. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), teve que intervir para que os ânimos se acalmassem na Casa.
Após um intenso bate-boca, a oposição saiu em defesa da votação ainda nesta madrugada. "Se não votarmos essa matéria hoje as relações entre o DEM e o governo vão azedar de vez", alertou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
Na linha oposta, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), fez um apelo para que a votação seja adiada. "Estamos acolhendo integralmente o apelo feito pelo senador Simon. Que a gente tenha tranqüilidade nas decisões que precisamos tomar", disse.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu a votação ainda nesta madrugada para que os governistas firmem o compromisso com os demais partidos. "Eu quero votar hoje. Temos que ter elegância para ganhar ou perder. Postergar este clima não faz bem ao Senado."
Propostas
Como última cartada para garantir a prorrogação da CPMF, o governo formalizou propostas que seriam adotadas pelo Executivo em contrapartida à prorrogação do "imposto do cheque". Em carta enviada ao Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autoriza os ministros Guido Mantega (Fazenda) e José Múcio (Relações Institucionais) a negociarem com o Senado a prorrogação da CPMF.
Os ministros também enviaram uma carta ao Senado se comprometendo a repassar mais recursos da CPMF para a saúde.
Para convencer os senadores, o governo apresentou duas propostas. A primeira prevê que a prorrogação da CPMF por mais quatro anos com o repasse integral da sua arrecadação para a área de saúde.
Na segunda proposta, o governo sugere que a CPMF vigore por apenas mais um ano --até que o Executivo conclua o envio da reforma tributária ao Congresso Nacional-- com a ampliação gradual dos recursos para o setor.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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