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14/12/2007 - 21h51

Pedro Corrêa admite que PT repassou R$ 700 mil a PP

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Colaboração para a Agência Folha, em Recife

A Justiça Federal em Pernambuco promoveu hoje, em Recife, o primeiro interrogatório do processo do mensalão. O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), cassado na legislatura passada justamente por suposto envolvimento no esquema de compra de votos de congressistas, é acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Ex-presidente nacional do PP, Corrêa é réu na ação penal do mensalão porque teria recebido R$ 4,1 milhões de propina, juntamente com o ex-deputado José Janene, o deputado Pedro Henry (PP-MT) e o assessor do partido João Cláudio Genu, segundo denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal.

O relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, autorizou juízes federais de oito Estados e do Distrito Federal a ouvir os 40 réus do caso.

Hoje, Correa negou a existência do mensalão. Reconheceu, porém, que o PT repassou R$ 700 mil ao seu partido. Esse valor, afirmou, foi uma "ajuda" para o pagamento de honorários advocatícios de Paulo Goyas, que defendia o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos no Tribunal Regional Eleitoral do Acre. "Nunca vendemos votos ao governo Lula."

Ele justificou o recebimento dos R$ 700 mil em dinheiro vivo afirmando que "as contas correntes do PP estavam bloqueados por causa de débitos trabalhistas". O dinheiro, segundo ele, foi entregue em duas parcelas de R$ 300 mil e uma de R$ 100 mil. Afirmou que a "doação" do PT foi negociada pelo então líder do partido na Câmara dos Deputados, José Janene, com consentimento de toda a Executiva do partido.

"Não sei porque o PT aceitou pagar essa dívida. Talvez porque eles [PT] eram os causadores dos problemas no Acre."

Correa negou que o PT tenha repassado R$ 4,1 milhões ao PP em troca de apoio no Congresso. "Nosso alinhamento era político e programático. O PT é que passou a defender bandeiras históricas do PP, como as reformas da previdência, trabalhista e tributária."

Ainda em depoimento, o ex-deputado disse nunca ter se reunido com o PT para discutir questões financeiras. Também afirmou nunca ter se encontrado com o empresário Marcos Valério, acusado de operar o esquema.

Aos jornalistas que acompanhavam o interrogatório, Pedro Correa disse que decidiu se afastar em definitivo da política. "Estou cansado dessas coisas". Ele foi deputado por 27 anos consecutivos, até ser cassado em 2005.

Comentários dos leitores
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Rui,
Mau Político é um Pleonasmo Vicioso. Algo como subir para cima, entrar para dentro ou sair para fora...
sem opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Nossos maus politicos são como animais carniceiros comendo nossa carcaça, enquanto não restarem apenas nossos ossos não largarão a mamata. 2 opiniões
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Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Não vi na notícia do mensalão referência ao Gov. José Serra, mas sim ao PT, ao José DIRCEU, Luiz Gushiken, etc.
Eu vejo os desesperados PeTófilos quererem associar tudo de ruim ao nome de Serra, das chuvas (o dobro da média para o período) às mortes pelas chuvas (muito menos do que no Rio de Janeiro - Angra dos Reis e Ilha grande, cidades e estado governados pelo PMDB, aliados do PT), à enchente no Jardim Pantanal, instalado lá há quase 40 anos, ou seja passou por Abreu Sodré, Maluf, Pitta, Jânio, Erundina, Marta, Serra e Kassab (não nesta ordem), em área de invasão, notadamente em cota mais baixa que o rio Tietê. Agora a culpa é do Serra...
Daqui mais um pouco vamos ler comentários afirmando que o terremoto no Haiti foi culpa do Serra...
É cômico o desespero desse pessoal.
10 opiniões
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