Juíza pode nomear defensor público para Pedro Henry

A juíza Maria de Fátima Costa, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal (DF), pode designar um defensor público para o deputado Pedro Henry (PP-MT) ---réu no suposto escândalo do mensalão. Segundo ela, os advogados de Henry cometeram "equívocos".

Um deles, ao seu ver, foi uma ação ingressada no STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa de permitir que o parlamentar escolha nova data e horário para depor --e não esta terça-feira, como está marcado.

"Vou nomear a defensoria para ele [Pedro Henry]", afirmou a juíza, ao final do depoimento do deputado José Genoino (PT-SP) nesta segunda-feira. "[Se Pedro Henry não aparecer] azar o dele", avisou ela, na frente dos advogados de outros réus no processo no mensalão.

Pedro Henry é um dos réus no processo do mensalão. Ele é acusado de suposta prática dos crimes de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O depoimento do deputado está marcado para esta terça-feira pela manhã.

A juíza demonstrou ter ficado indignada com o pedido de mandado de segurança impetrado por Henry no STF. Na tarde de hoje o ministro Carlos Alberto Menezes Direito, da Suprema Corte, negou o pedido.

Na ação, Henry alegou ter direito de, por sua condição de parlamentar, combinar local, data e hora em que será interrogado pela Justiça. Mas para Direito, a interpretação não deve ser aplicada para este caso específico.

"No caso em análise o impetrante [Pedro Henry] foi citado para ser interrogado [como réu], e não para prestar depoimento na qualidade de testemunha", afirmou o ministro, na sua decisão.