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19/12/2007 - 19h46

Senado aprova prorrogação da DRU após acordo entre base e oposição

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O Senado aprovou nesta quarta-feira em segundo turno, com 65 votos favoráveis e seis contrários, a prorrogação até 2011 da DRU (Desvinculação das Receitas da União). A DRU é um mecanismo que permite à União gastar livremente 20% da arrecadação dos principais tributos. Os recursos equivalem a cerca de R$ 90 bilhões do Orçamento de 2008.

Por conta da grandeza da quantia, os governistas não mediram esforços para garantir a aprovação da matéria após a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) entrou na negociação e disse que a DRU era importante para a estabilidade do país. 'A oposição já compreendeu que tirar a CPMF e a DRU é ruim para o país. Acreditamos no espírito da oposição para dialogar', afirmou.

A oposição chegou a ameaçar não votar a matéria, mas decidiu aderir à DRU depois que o governo apresentou uma lista de compromissos que serão cumpridos nos próximos meses.

O governo aceitou retomar a discussão da reforma tributária em fevereiro e colocar em votação a regulamentação da emenda 29 --que distribui recursos para a saúde-- no mesmo período. Além disso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) transmitiu ao DEM e PSDB o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que não haverá pacote econômico para compensar as perdas de arrecadação da CPMF. A expectativa do governo era arrecadar R$ 40 bilhões em 2008 só com a CPMF.

Nas negociações para garantir a aprovação da DRU, o governo também aceitou autorizar empréstimos no valor de US$ 537,4 milhões para dez prefeituras e Estados --inclusive administradas pelo DEM e PSDB-- com o objetivo de conquistar votos pró-DRU.

Compromissos

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o governo "não terá sossego" nos próximos anos se descumprir o acordo firmado com a oposição. "Votando a DRU, deixamos o governo com recursos na mão que ele pode destina à saúde se quiser. Nós continuamos desconfiados. Se o governo descumprir o acordo, vai entrar em choque com essa minoria [oposição] no Congresso Nacional, que eu não sei se é tão minoria assim."

Segundo Virgílio, o acordo desta vez foi possível porque o governo sentou para dialogar com a oposição. "Desta vez, o governo calçou as sandálias da humildade", afirmou o tucano.

O DEM e PSDB também conseguiram o compromisso do governo de que não vai reeditar a CPMF no ano que vem --que vigora até o dia 31.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que não haverá "sobressaltos" à economia após a extinção da CPMF --condição imposta pela oposição para aderir à DRU. "O compromisso do presidente Lula é que não haverá pacote."

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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