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01/01/2008 - 08h37

Disputa por assentamento deixa 14 feridos no interior de São Paulo

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MARCELO TOLEDO
da Folha Ribeirão

Quatorze pessoas feridas, um carro incendiado, barracos queimados e a expulsão de 11 famílias de assentados. Esse foi o saldo de uma confusão ocorrida anteontem à noite no assentamento Bela Vista do Chibarro, em Araraquara (273 km de SP).

Um grupo de ex-assentados despejados no início do mês pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) sob a acusação de ocupar irregularmente reservas legais e arrendar terras para usinas de cana-de-açúcar, resolveu voltar ao local para retomar os lotes.

Eles entraram em confronto com as famílias colocadas pelo Incra em seus lugares, o que resultou numa batalha campal com cerca de 70 pessoas, segundo a Polícia Militar. As famílias colocadas nos lotes constavam de lista de espera do Incra para a reforma agrária.

No último dia 10, uma ação com policiais federais e militares despejou 11 famílias do assentamento, cumprindo reintegração de posse concedida pela Justiça ao Incra.

Na ação de anteontem, o grupo entrou por quatro pontos diferentes do assentamento e obrigou os novos assentados a deixarem o local. Dez das 11 famílias saíram, mas reagiram.

Na ação, 11 barracas foram destruídas ou incendiadas e um veículo Corcel foi destruído e atirado ao fogo pelos invasores. Alguns estavam armados com facas e paus. Ao final da confusão, a PM contou 14 pessoas feridas, todas levemente. Ninguém foi preso.

Segundo o Incra, o processo de retomada dos lotes durou quatro anos e houve tentativas infrutíferas de acordo no período. O instituto informou que trabalha para manter no local as famílias retiradas.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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