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Disputa por assentamento deixa 14 feridos no interior de São Paulo
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MARCELO TOLEDO
da Folha Ribeirão
Quatorze pessoas feridas, um carro incendiado, barracos queimados e a expulsão de 11 famílias de assentados. Esse foi o saldo de uma confusão ocorrida anteontem à noite no assentamento Bela Vista do Chibarro, em Araraquara (273 km de SP).
Um grupo de ex-assentados despejados no início do mês pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) sob a acusação de ocupar irregularmente reservas legais e arrendar terras para usinas de cana-de-açúcar, resolveu voltar ao local para retomar os lotes.
Eles entraram em confronto com as famílias colocadas pelo Incra em seus lugares, o que resultou numa batalha campal com cerca de 70 pessoas, segundo a Polícia Militar. As famílias colocadas nos lotes constavam de lista de espera do Incra para a reforma agrária.
No último dia 10, uma ação com policiais federais e militares despejou 11 famílias do assentamento, cumprindo reintegração de posse concedida pela Justiça ao Incra.
Na ação de anteontem, o grupo entrou por quatro pontos diferentes do assentamento e obrigou os novos assentados a deixarem o local. Dez das 11 famílias saíram, mas reagiram.
Na ação, 11 barracas foram destruídas ou incendiadas e um veículo Corcel foi destruído e atirado ao fogo pelos invasores. Alguns estavam armados com facas e paus. Ao final da confusão, a PM contou 14 pessoas feridas, todas levemente. Ninguém foi preso.
Segundo o Incra, o processo de retomada dos lotes durou quatro anos e houve tentativas infrutíferas de acordo no período. O instituto informou que trabalha para manter no local as famílias retiradas.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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