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15/01/2008 - 18h31

Justiça nega uso político do DRCI e diz que diretoria será ocupada por "técnico"

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, saiu nesta terça-feira em defesa do secretário nacional de Justiça, Tuma Júnior. Em reportagem da revista "Veja", Tuma Júnior é acusado de ter desmantelado o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) por interesses políticos. Barreto afirmou ainda que é possível instaurar um processo interno para investigar de onde surgiram essas informações.

"Fico muito à vontade em sair em defesa dele [Tuma Júnior]. Em momento algum ele se comportou [politicamente]. O Tuma Júnior nunca teve uma atuação com viés político e está totalmente integrado ao meio do ministério", afirmou Barreto.

Tuma Júnior foi nomeado secretário nacional de Justiça no momento em que seu pai, o senador Romeu Tuma (SP) negociava trocar o DEM --partido de oposição-- pelo PTB --que faz parte da base aliada que apóia o governo federal.

De acordo com a reportagem, Tuma Júnior teria cobrado uma lista de investigados para poder fazer barganha política, o que teria provocado a demissão da diretora do órgão Maria Rosa Loula e da sua adjunta Carolina Yume.

O secretário afirmou também que o ministro Tarso Genro (Justiça) busca um perfil técnico para nomear ocupar a direção do DRCI. Segundo ele, essa pessoa pode ser ou não funcionário do Ministério da Justiça. Por enquanto, o cargo é ocupado por Ives Martins, chefe-de-gabinete de Tuma Júnior.

Barreto disse que ainda não foi definido se haver um processo de investigação interno para apurar como esses dados surgiram. Segundo ele, a área jurídica analisa a possibilidade de abrir um processo. "Estamos verificando a eficácia de um processo desses, uma vez que a reportagem não revela as fontes das informações", afirmou ele. "O próprio Tuma Júnior pediu que fosse aberto o processo."

Investimentos

Criado em 2004, o DRCI é responsável por investigações que envolvam contas de brasileiros no exterior. Também tem autorização para bloquear as contas e repatriar os recursos. É um órgão vinculado à Secretaria Nacional de Justiça e que reúne 42 funcionários. De acordo com Barreto, exceto Yume e Loura, o quadro foi mantido inalterado.

Para 2008, estão previstos R$ 3 milhões para o departamento. Segundo Barreto, entre as propostas para este ano está a criação de laboratórios técnicos, instaurados nas dependências da PF (Polícia Federal), para que os dois órgãos tenham atuação conjunta.

Segundo a "Veja", essa área teria sido transferida para a PF. Barreto negou a informação e disse ainda que o comando dos laboratórios será mantido sob responsabilidade do DRCI.

 

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