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21/08/2002 - 18h12

Sabatina Alckmin: íntegra da 2ª parte de perguntas da platéia

da Folha Online

Leia abaixo a transcrição do trecho da sabatina com o governador Geraldo Alckmin em que ele responde a perguntas da platéia que compareceram hoje ao ciclo "Candidatos na Folha", que nesta semana está questionando candidatos ao governo do Estado de São Paulo.

Nesse trecho da sabatina Alckmin fala sobre obras do metrô, problemas nas escolas públicas, universidades, pedágio, Rodoanel e sobre a campanha de José Serra.
Além de perguntas da platéia, o governador está sendo questionado por Fernando Canzian, secretário de Redação da Folha, Fernando de Barros e Silva, editor de Brasil, Nilson de Oliveira, editor de Cotidiano, e pelo editor do Painel, Rogério Gentile.
Fernando Canzian: O estudante Oliveira pergunta: "Recentemente vi o senhor andando de metrô, da estação Brigadeiro à estação Paraíso, ali na linha da Paulista. Provavelmente gravando para o programa eleitoral. O senhor também gravou dentro dos trens da CPTM? Se si sim, o que achou e o que pretende fazer para melhorá-los?
Geraldo Alckmin: Olha, primeiro eu sou de vida modesta. Eu não nasci em berço de ouro (...) Então metrô é um transporte de alta capacidade, que nós pretendemos sim estimular, estamos ampliando, estamos entregando a linha 5 do metrô que é lá no Jardim, perto do Jardim Irene, que é Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovani Gronchi, Santo Amaro, largo 13, entregando agora. Estamos começando uma outra linha de metrô que vai ficar para o futuro, mas já começa, que é a linha 4 do metrô, vamos estender a linha 2. E o trem, eu não sei a que linha se refere, se for a linha F, que vai de Ermelino Matarazzo, Cangaíba, até Itaim paulista, está ruim mesmo. É a próxima que nós vamos melhoro. Se for o expresso leste, trem que vai para Guainazes, é metrô, metrô de superfície, é qualidade. E estamos fazendo agora uma operação chamada operação centro, que vai interligar todo o sistema. Nós temos 270 quilômetros de ferrovia na região metropolitana que nós estamos recuperando. Os trens que vem de Francisco Morato, de Osasco, e param na Barra Funda. O trem que vem da zona leste, do ABC, pára no Brás, os três não se falam. Estamos fazendo 4 linhas simultâneas entre Barra Funda e Brás para poder integrar tudo. Quem vem da zona leste não vai precisar fazer baldeação no Brás, vai até a Luz ou até a Barra Funda e aí passa do trem para o metrô sem pagar um centavo, com R$ 1,25 que é a tarifa do metrô e do trem múltiplo de 10. Ou R$ 1,35 se for múltiplo de 2. Pela primeira vez na história o metrô e o trem estão mais baratos que o ônibus, que o ônibus aqui em São Paulo. E esse é o meu compromisso. Quero ser governador para, nos próximos 4 anos, não fazer túnel que não passa ônibus, mas para fazer metrô e recuperar trem e corredor de troleibus.
Rogério Gentile: Governador, só um dado que queria colocar para o senhor, no programa de governador de Mário Covas prévia-se que São Paulo teria este ano 87 quilômetros de metrô, estamos com 49.2, por quê?
Geraldo Alckmin: 49.2, entra em operação agora Capão Redondo, são mais 9.6, qual o conceito, a diferença de trem e metrô? Osasco-Jurubatuba, o trem espanhol que passa na marginal Pinheiros. Ele vai ser metrô de superfície, por quê? A hora que você tiver um equipamento a cada 3 minutos e confiabilidade no sistema é metrô ele deixa de ser operado pela CPTM e vai ser operado pelo metrô. A linha 4, acabamos de ir a Washington assinar contrato com o Banco Mundial, já está em concorrência pública internacional. E só foi possível conseguir o financiamento para fazer a linha 4, que é a linha da integração, que ele vai integrar tudo, ela começa na Luz, norte e sul, passa pela praça da República, leste-oeste, passa pelo espigão da Paulista, a linha 2, passa na marginal Pinheiros, integra com o trem. É a linha da integração. Isso só foi possível porque o Estado foi saneado e deu para fazer um financiamento para começar uma nova linha. Então a hora que você somar a linha que vai ser estendida, a linha 4 que está começando, a 5 que já vai ser entregue e Osasco e Jurubatuba, que passa para o metrô, vamos chegar a isso. O nosso objetivo....
Rogério Gentile: 87 só de metrô, mais 47 de metrô aproveitando a linha de trem...
Geraldo Alckmin: Se nós capturarmos o expresso leste, quando o governador Mário Covas assumiu estava tudo paralisado. As obras todas abandonadas, ele terminou 3 estações na zona norte, Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi. Ele terminou duas estações aqui na Paulista, Sumaré e Vila Madalena. Ele terminou três na zona leste, que é... Guaianazes, José Bonifácio e Dom Bosco. Então só aí são 8 estações a mais. Nós estamos entregando agora mais 6 estações....
Rogério Gentile: Essa promessa está cumprida?
Geraldo Alckmin: Se você deixar o trem no padrão do metrô, sim. Mas o que eu quero colocar é o seguinte, o nosso compromisso é esse, é expandir o metrô, que é muito pouco ter 49 quilômetros até agora, é muito pouco. E recuperar o trem, que esse é bastante, são 270 quilômetros de ferrovia, o que precisa é recuperar. É ter qualidade. E está melhorando. Como era antigamente? Morria todo dia pingente. Alguém já ouviu falar em pingente morrer em trem? Acabou, morria todo dia. O pessoal andava por fora do trem. Hoje o trem não sai se a porta não fecha. Os novos trens, e vão chegar mais 10 agora, têm ar-condicionado, tem poltronas, sistema de frenagem, tudo está assim? Não. Então qual a linha que está pior? É a chamada linha que vai para Hermelino e Itaim Paulista. Essa vai ser a próxima que vamos pegar para recuperar.
Fernando Canzian: Governador, o Felipe Gonzales Garcia manda um abraço para o senhor e pergunta: "O senhor irá acabar com a progressão escolar? Eu estudo em um colégio do Estado e aprendi sempre bem, mas alguns colegas meus não."
Geraldo Alckmin: Olha...
Fernando Canzian: A progressão escolar para quem não sabe é passar de ano sem provas, não repete de ano, enfim.
Geraldo Alckmin: Em termos, né? Respondendo ao Felipe, o que é a progressão continuada? Primeiro, o aluno pode ser reprovado todo o ano? Pode. Se ele faltar, ele é reprovado todo o ano. Agora, se ele não falta, por que é reprovado? Quem falhou? A escola não é para reprovar, para criar na criança a cultura do fracasso, a escola é para recuperar, é para ensinar. Os nossos filhos, na escola particular, têm aula particular, têm aula de reforço, têm aula nas férias, passa com dependência, por que é que tem que reprovar todo mundo? Para a criança abandonar a escola e ter evasão escolar como era antigamente? Olha, eu fico chateado de ver o candidato do PT e o Maluf juntos nisso, porque quem implantou a progressão continuada em outros moldes foi o PT, foi o educador Paulo Freire com a prefeita Luiza Erundina. E foi mantido pelo Maluf, pelo Pitta, pela dona Marta, por todo mundo. Eu quero dizer o seguinte, eu vou aperfeiçoar, acho que vai ser um retrocesso acabar com a progressão continuada. Estados norte-americanos, Espanha, países europeus, todo mundo evoluindo, para isso aumentamos de 4 a 5 horas a permanência do aluno na escola. Estamos oferecendo de graça pedagogia cidadã. Capacitação dos professores. O que nós vamos fazer é exame todo ano, todo ano vai ter o Saresp ((Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), ao invés de ter só na quarta série ou só na oitava, ao final do primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental, vamos fazer a Saresp todo ano, não para reprovar o aluno, vamos fazer Saresp como uma bússola para recuperar o aluno. Cada criança tem o seu potencial que precisa ser desenvolvido. Nós vamos melhorar a capacitação do professor, vamos fazer Saresp todo ano, mas vamos continuar com esse trabalho. E a evasão escolar que era de 9,5% caiu para 4,1. Tinha 10% dos alunos saindo da escola, iam para a rua. Hoje é de 4,1 e em queda. Em queda.
Fernando Canzian: O Henrique Bertolo pergunta. Ele é estudante da faculdade de direito da USP. "Qual a opinião do senhor sobre a situação das universidades públicas do Estado, dada a recente greve da Faculdade de Filosofia e Letras da USP, quais as condições para melhoraria da qualidade de ensino? Há intenção de aumentar verbas provenientes do ICMS para as universidades?
Geraldo Alckmin: Olha, Henrique, primeiro em relação a USP, Unicamp e Unesp, elas são as melhores universidades do país, podem melhorar mais? Podem. Mas que são as melhores, são. O governo está fazendo a sua parte? Está. A lei diz que nós temos que colocar 9,57% do ICMS nas três universidades, proporcional ao tamanho de cada uma. Religiosamente pagos. Religiosamente. O governador deve se intrometer na vida interna da universidade? Não, a autonomia universitária foi uma conquista para a universidade ficar distante das paixões político-partidárias. A universidade tem uma conquista que é a autonomia financeira, administrativa e pedagógica. Ela tem uma conquista importante. É possível colocar mais dinheiro para poder melhorar e ampliar? Pela primeira vez na história nós não colocamos dinheiro lá porque a lei manda, nós colocamos dinheiro porque nós acreditamos que o caminho é o da educação. E pela primeira vez nós colocamos mais dinheiro do que a lei determina, a lei manda por 9,57%, nós colocamos 50 milhões a mais. Por quê? Para poder levar os campi da universidade a essas regiões de economia mais deprimida, de vocação econômica que está mais atrasada, para a gente poder alavancar o desenvolvimento do Estado. Em relação à faculdade de filosofia, eu recebi os estudantes, não que queira me meter na vida da faculdade, mas recebi porque eu já fui estudante, eu comecei a minha vida pública no diretório acadêmico da faculdade de medicina, enterrei muito diretor da faculdade, fazia caixão, punha lá o corpo do diretor, fazia enterro, brigava, acho que esse é o espírito mesmo, é lutar, é brigar, procurar melhorar e a faculdade respondeu. Não é tudo que queriam, mas mandou contratar, só este ano, mais de 60 professores e assumiu o compromisso com mais de 90, a curto prazo. Demos um passo importante. E acho que as universidades estão trabalhando, elas têm vida própria, o governo está cumprindo a sua parte e colocando 50 milhões a mais do a que lei determina.
Fernando Canzian: Governador, uma pergunta política do Fábio Leite Matos, estudante de jornalismo: "O senhor aparece na segunda colocação da pesquisa Datafolha que a Folha publicou no domingo com 24% e boa perspectiva de vitória no segundo turno. O presidente Fernando Henrique também tem 25 de aprovação após 8 anos de governo . Como o senhor explica os atuais baixos índices do candidato tucano José Serra na disputa pela Presidência. Ele está em terceiro lugar segundo a pesquisa Datafolha."
Geraldo Alckmin: Olha, Fábio, na realidade o importante na política é ter credibilidade. Se você tem credibilidade, você pode chegar lá. Se não tem, começou perdendo. O José Serra tem credibilidade, até os seus adversários reconhecem que é um candidato a altura do desafio de ser presidente da República, que não é fácil no mundo rápido e globalizado como é hoje. A campanha vai proporcionar a popularidade, para isso tem campanha. Nós estamos começando. É que no Brasil, infelizmente, há uma cultura, olha, quando acabar essa eleição, no dia agora 28, 27 de outubro, no dia 28, no dia seguinte, já vão começar a falar da próxima eleição. É uma coisa absurda aqui no Brasil como começa antes. A campanha é agora, olha, faltam 45 dias. É um mundo. Agora que começa o horário do rádio e da televisão. Acho que o Serra tem condição sim de crescer e, chegando ao segundo turno é um candidato fortíssimo.
Fernando Canzian: Governador, o José Paulo Nunes faz uma pergunta curiosa aqui que eu também gostaria de saber. "O Rodoanel vai ter pedágio?
Geraldo Alckmin: Não. Por que é que não vai ter? Eu vou dizer que não vai ter não é para ser agradável, não. É porque eu sou coerente, onde a concessionária faz a obra, não tem dinheiro do orçamento, não tem milagre, é o pedágio que paga. Então evidente, lá na Imigrantes não tem um centavo de dinheiro público, então, tem pedágio para poder pagar a obra, manutenção, atendimento a usuário, conceito de rodovia viva. Uma coisa que pouca gente sabe, quanto foi arrecadado de pedágio até agora? 4,5 bilhões de reais. Quanto foi investido nas rodovias de São Paulo? 8 bilhões de reais. Essa é a lógica da concessão. Você vai lá fora, antecipa recursos para ampliar a infra-estrutura do Estado para o desenvolvimento, para pisar no acelerador, para o Estado se desenvolver e tem 20 anos para amortizar. O Rodoanel não vai ter pedágio porque não tem um centavo de concessionário. Isso tudo está sendo feito com o dinheiro público, então não há nenhuma razão para ter pedágio. Não vai pedágio porque a obra está sendo feita com recursos do Estado e do Governo Federal. 3/4, 70%, do Estado e 30% federal.
Rogério Gentile: Nem para manutenção, depois?
Geraldo Alckmin: Nem para manutenção.
Fernando Canzian: Governador, a Ivete Borges pergunta: "O senhor conseguiria viver e não apenas sobreviver com o salário do professor no Estado de São Paulo?" E o Breno pergunta: "Algum filho do senhor estudou em escola pública?
Geraldo Alckmin: Olha, primeiro nenhum filho meu estudou em escola pública. Até digo com sinceridade, viu. É que na minha casa a minha mulher manda muito porque se eu mandasse um pouco mais eu teria colocado na escola pública. Porque estudei em escola pública, eu não sou tão velho assim, embora esteja ficando careca. Eu estudei o ginásio no Instituto de Educação João Gomes de Araújo, em Pindamonhangaba. O ensino médio, escola pública, Instituto de Educação João Gomes de Araújo. A escola pública, ela teve uma evolução, hoje todo mundo estuda, só não estuda quem não quer, você tem oferta de vagas para estudar. O esforço agora é melhorar a qualidade. E nós estamos melhorando passo a passo. Tanto é que o Saresp, que mede, na prova de matemática, na prova de português a avaliação, ele vem avaliando melhor. Da primeira a quarta série melhorou o Saresp, 6 pontos. Da quinta a oitava também melhorou.
Em relação ao salário do professor, não é o ideal, claro que não é o ideal, o professor, ele teve de janeiro de 95 até agosto, até este ano, para uma inflação de 72%, 221% de aumento. É o ideal? Não é, mas que é que o salário estava tão baixo, mas tão baixo que está melhorando. E mais, além do reajuste, quando chega no fim do ano nós instituimos dois prêmios, um prêmio para o professor em carga máxima, que não faltou, recebeu no fim do ano quase R$ 3.000, é um décimo quarto e décimo quinto, diretor de escola, prêmio eficiência. Diretor de escola jornada maior, recebeu R$ 4.000, além do salário. Então, é o ideal? Não é, mas os professores em relação ao conjunto do funcionalismo são aqueles que a gente está fazendo um esforço para recuperar mais. Aliás, uma coisa boa foi o fundo, o fundo para o desenvolvimento da educação e valorização do professor, onde a maior parte do recurso é exatamente para professores.
Rogério Gentile: Governador, qual o argumento da primeira-dama, da mulher do senhor, para não permitir que seus filhos estejam na escola pública, é a qualidade?
Geraldo Alckmin: Não, escola particular tem escola melhor que a pública, mas também tem pior, não vamos achar que escola particular é essa coisa maravilhosa também. Aliás, é interessante, no ensino universitário é o contrário, eu sempre quis estudar na universidade pública, é que levei bomba, não consegui chegar lá. Então fui fazer a faculdade particular com enorme sacrifício do meu pai. Mas na realidade é possível sim você melhorar a qualidade da escola pública. Nós estamos fazendo. Olha, passar de 4 horas para 5 horas aula é um grande ganho. Todo o professor com pedagogia, escola com coordenador pedagógico, laboratório, enfim, a escola está dando um passo importante. Você tem escolas muito boas que não ficam nada a desejar as particulares e tem escolas que realmente estão deficientes e é nessas que nós vamos investir mais e agora, inclusive, com um plano novo que é o de segurança escolar nessas áreas ondas há a necessidade de um esforço maior.
Fernando Canzian: Eu queria só pedir que às pessoas que fizeram as perguntas, que se identifiquem para os fotógrafos quando eu ler a pergunta. A pergunta do Breno tem uma segunda parte: "O senhor pensa que com o ensino oferecido pelas escolas públicas, o aluno consegue entrar na USP ou noutra universidade pública?" O senhor mesmo disse que estudou em escola pública e foi para uma universidade privada.
Geraldo Alckmin: É, mas meus colegas chegaram à USP, saindo da mesma escola que eu, eu não cheguei lá. Aliás nós fizemos cursinho juntos, vários se formaram pela Pinheiros. Eu passei em Santos, passei em Taubaté e por medida de economia fui para Taubaté, porque as duas eram pagas, lá eu morava com meu pai, ao menos não tinha despesa de república. Vários deles, certamente mais inteligentes do que eu, chegaram (à USP). Isso que o Serra tem uma boa proposta que eu até estou estudando a gente fazer junto que é além de melhorar a escola pública, além de melhorar a escola pública, proporcionar o cursinho de graça para os alunos. Porque o meu filho caçula, ele fez escola particular e não entrou também na USP, ou na Unesp, na Unicamp, está fazendo cursinho mais um ano para tentar entrar. Então, na realidade, além de melhorar a qualidade, não vamos achar também que só o colégio, às vezes o cursinho também reforça. Eu fui professor de cursinho, dei aula muitos anos em química orgânica, química do carbono, coisa que todo mundo gosta muito. (risos). Acho que o cursinho também melhora, é um bom reforço para os estudantes.

Fernando Canzian: O Jorge pergunta: "Qual o peso do crime organizado na questão da segurança em nosso Estado? Qual sua estratégia para combatê-lo?" Só gostaria de acrescentar que senhor comentasse também o florescimento do PCC durante os últimos 8 anos que coincidiu com a gestão Covas/Alckmin, e que o senhor falasse da "joint venture" que está surgindo entre este grupo e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.
Geraldo Alckmin: Olha, organização criminosa, isso vem da década de 70. Não é nenhuma novidade. Quer dizer, o pessoal se organiza e tal. O que nós estamos fazendo? Nós estamos colocando presos de alta periculosidade isolados em penitenciárias de segurança máxima. Taubaté, o piranhão, nunca escapou um preso, nunca. E Presidente Bernardes é muito mais reforçado que Taubaté. Regime disciplinar diferenciado para presos que não conseguem conviver. Então há a necessidade desse trabalho, desse reforço. E a outra é prender, tirar da sociedade essas organizações. Esse é um trabalho que começou no dia que eu assumi, quando houve lá aquela mega-rebelião, enfrentamos o problema, não cedemos um minuto e vamos continuar trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, mostrando que essa é uma questão dificílima, que é com trabalho que nós vamos vencer.

Leia a íntegra da sabatina com Geraldo Alckmin:
  • 3° Parte- Perguntas Platéia e Encerramento


  • Veja também o especial Eleições 2002
     

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