Governo demitiu 386 servidores por irregularidades em 2007, diz CGU

O governo federal puniu 437 servidores em 2007 por envolvimento com irregularidades no exercício de suas funções, segundo balanço divulgado hoje pela CGU (Controladoria-Geral da União). Desse total, 386 foram demitidos, 22 foram destituídos de seus cargos e 29 tiveram cassadas suas aposentadorias.

Entre os motivos que resultaram nessas punições estão a improbidade administrativa, utilização do cargo para obtenção de vantagem pessoal ou para terceiros, recebimento de propina e lesão aos cofres públicos.

Em nota, a CGU informou que o governo criou o Sistema de Correição da Administração Federal --com uma unidade em cada ministério-- para intensificar as investigações contra os funcionários suspeitos de irregularidades.

O secretário-executivo da CGU, Luiz Navarro, disse hoje que punições alcançaram diretores, superintendentes e altos assessores de empresas estatais --como os Correios e a Infraero, além de auditores e fiscais da Receita, da Previdência e do Trabalho, procuradores e subsecretários de orçamento e administração.

Em outubro, por exemplo, a CGU determinou a demissão por justa causa de três ex-diretores e de três outros funcionários da Infraero (estatal que administra os aeroportos). Os ex-diretores punidos com a demissão são Adenauher Figueira Nunes (financeiro), José Wellington de Moura e Fernando de Almeida Brendaglia --esses dois da área comercial.

Também foram punidos com demissão por justa causa os funcionários Márcia Gonçalves Chaves (ex-superintendente comercial); Mariângela Russo (ex-gerente de desenvolvimento mercadológico) e Mário de Ururahy Macêdo Neto.

A CGU também decidiu aplicar pena de advertência para outros quatro funcionários da Infraero: Josefina Valle de Oliveira Pinha (então chefe da Procuradoria Jurídica); Érica Silvestri Duttweiller (advogada); Álvaro Luiz Costa (ex-chefe da Superintendência de Auditoria) e Ozório Lucas Ferreira da Silva (ex-chefe da Área de Licitações e Contratos).

Todos eles são acusados de envolvimento em irregularidades na contratação, sem licitação, da empresa FS3 Comunicação e Sistemas Ltda, para implantação de um software de gerenciamento de espaços publicitários em aeroportos.