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23/01/2008 - 07h32

Ex-deputada acusada de atuar em esquema é alvo de ação

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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Campo Grande

A Justiça Federal de Mato Grosso decidiu abrir ação penal contra a ex-deputada federal Teté Bezerra (PMDB). Ela é acusada pelo Ministério Público Federal de envolvimento com a máfia dos sanguessugas --esquema de pagamento de propina a parlamentares por emendas ao Orçamento para a compra de ambulâncias.

Cotada recentemente para assumir a secretaria de Turismo no governo Blairo Maggi (PR), a ex-deputada terá de comparecer ao fórum de Cuiabá na próxima terça-feira para a primeira audiência do processo, no qual responderá por crimes de formação de quadrilha e corrupção passiva.

"Teté não só se associou à quadrilha, como recebeu, em contrapartida, propina pelo direcionamento ilícito de recursos orçamentários em favor da organização criminosa", disse o MPF em nota divulgada à ocasião da denúncia.

A ex-parlamentar é mulher do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que também responde a processo por envolvimento no esquema. De acordo com o MPF, apesar de não terem proposto emendas individuais para a compra de ambulâncias, ambos tiveram participação no esquema comandado pelo empresários Darcy e Luiz Antonio Vedoin.

"A ex-deputada era a responsável pela destinação das emendas orçamentárias da bancada de Mato Grosso, e apresentou ao Ministério da Saúde a relação dos municípios a serem beneficiados com a emenda de bancada para compra de ambulâncias. Nos municípios que receberam a verba para a compra, as empresas vencedoras da licitação eram integrantes da máfia."

Sobre Carlos Bezerra, então senador por Mato Grosso, a denúncia diz que ele havia se comprometido a propor emendas, caso fosse reeleito. "De resto, beneficiou-se da propina recebida pela sua consorte, propina essa cujo valor negociara ativa e pessoalmente com Luiz Antônio Vedoin."

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da ex-deputada informou que ela só irá se manifestar depois de intimada pela Justiça. Adiantou, porém, que os argumentos da defesa serão os mesmos utilizados no Congresso: ela e o marido nunca propuseram emendas para a compra de ambulâncias e jamais tiveram contato com os Vedoin.

 

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