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12/02/2008 - 08h03

Grupo de sem-terra invade mais uma fazenda no Pontal

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CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente

Sem-terra promoveram ontem a 15ª invasão de fazendas no Pontal do Paranapanema (oeste de SP) no chamado "Carnaval Vermelho", onda de invasões articulada por José Rainha Jr. e iniciada no último dia 3 em protesto contra o governo do Estado.

O alvo foi a fazenda invadida foi a Sul-Mineira, em Presidente Epitácio (655 km a oeste de SP). De acordo com a coordenadora do grupo Uniterra, Valdirene Gomes da Silva, 50 famílias entraram na propriedade por volta das 16h. A PM da cidade não havia tomado conhecimento do fato até o início da noite de ontem.

Liderados por Rainha Jr., MST, Mast, Uniterra e Terra Brasil, responsáveis pelas invasões, cobram mais assentamentos e a retirada de projeto que regulariza fazendas em áreas consideradas devolutas na região.

Pernambuco

Um grupo formado por estudantes ligados ao MST invadiu na sexta-feira a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Petrolina (715 km de Recife).

Segundo o movimento, o grupo é composto por 130 pessoas. De acordo com o Incra, os manifestantes são 60.

Eles reivindicam a liberação de uma parte dos recursos do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária) que foi bloqueada pelo Incra. A verba, de R$ 100 mil, seria destinada à realização da última etapa do curso de magistério de 37 alunos de assentamentos perto de Petrolina.

Na tarde de ontem, o Incra afirmou após uma reunião com a contabilidade do instituto que o dinheiro seria liberado. Mas os sem-terra disseram que só vão sair da sede hoje.

Bahia

Cerca de 200 sem-terra ligados à Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) da Bahia bloquearam na manhã de ontem a BR-101, no km 493, no município de Itajuípe (445 km de Salvador).

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a manifestação, que começou por volta das 10h30 e terminou às 13h30, provocou cinco quilômetros de congestionamento.

Os manifestantes queimaram pneus e troncos de árvore e pediam agilidade ao Incra nos assentamentos feitos no Estado, disse a PRF.

Colaborou TALITA BEDINELLI, da Agência Folha

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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