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12/02/2008 - 17h17

Tucanos batem boca sobre acordo com governo para abrir CPI dos Cartões

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) trocaram ofensas nesta terça-feira durante almoço de parlamentares da oposição em uma churrascaria de Brasília. Ao discursar para os colegas, Dias acusou Sampaio de ter fechado um acordo com governistas para evitar investigações da CPI dos Cartões Corporativos sobre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

Nervoso, Sampaio reagiu às palavras do colega de partido. "Acordo não houve. Isso não coaduna com a minha história parlamentar", reagiu. E foi além: "Eu me senti ofendido. Prefiro uma CPI mista que seja chapa-branca, mas que aconteça", respondeu Sampaio ao mencionar a indicação de deputados da base aliada do governo para a presidência e a relatoria da comissão.

Constrangidos, deputados e senadores da oposição assistiram à confusão, mas evitaram intervir. Após a dura reação de Sampaio, Dias também amenizou as críticas. Inicialmente, o tucano disse que "nunca viu oposição fazer acordo com o governo para investigar o governo".

O senador chegou a afirmar que Sampaio teria fechado o acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para garantir que a CPI mista fosse instalada. "Uma CPI que não chega ao centro do poder se desmoraliza e não pode ser levada a sério. Vou continuar dizendo lá fora que não participo de acordo, não fiz acordo", disse Dias durante a discussão.

A hipótese de um acordo entre Sampaio e Jucá veio à tona nesta segunda-feira, quando o governista aceitou dar apoio à CPI mista dos cartões --cujo requerimento foi elaborado por Sampaio. Os dois parlamentares defenderam que as investigações não se concentrem sobre o presidente da República, mas sobre os servidores que usaram os cartões corporativos, o que deu margem às especulações sobre o acordo.

Planejamento

A oposição decidiu reunir suas principais lideranças em almoço para discutir a sua estratégia de atuação na CPI dos Cartões Corporativos. DEM e PSDB não abrem mão de ocupar um dos cargos de comando da comissão, embora o governo já tenha afirmado que não pretende abrir mão dos postos.

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), disse que não haverá "boa vontade" da oposição com o governo durante as votações da Câmara caso o apelo da oposição não seja atendido.

"Nesse ritmo lento, uma ou outra matéria será votada na Casa. Mas se o governo não entender que a CPI segue regras de rodízio entre os partidos, a relação ficará mais arranhada', afirmou Maia.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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