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15/12/2007 - 08h26

Livro sobre bispo avalia Rede Record em US$ 2 bilhões

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da Folha de S.Paulo, no Rio

No livro "O Bispo - A História Revelada de Edir Macedo" --biografia autorizada do fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, recentemente publicada pela editora Larousse-- a Rede Record é avaliada em US$ 2 bilhões.

A igreja não quis dar declaração ou informação sobre seu vínculo com as emissoras de TV da Rede Record, as emissoras de rádio e as empresas registradas em nome de bispos ou outros membros da instituição.

A Folha encaminhou dois e-mails com detalhes sobre o conteúdo da reportagem, além de pedidos de entrevista feitos por telefone. A resposta, via assessoria de imprensa, foi de que não se manifestaria sobre nenhum dos temas abordados.

No livro biográfico de Macedo, escrito pelo diretor de jornalismo da Rede Record, Douglas Tavolaro, e por Christina Lemos, repórter especial do Jornal da Record, ele é indagado sobre quantos bens possui em seu nome, e responde:

"Sou proprietário da Record e da Rádio Copacabana, do Rio de Janeiro. Além disso, tomei empréstimo bancário há pouco tempo para a compra de um apartamento nos Estados Unidos, e pretendo saldá-lo com os direitos autorais das vendas de meus 34 livros. Mas o empréstimo é para pagar em 30 anos."

Ao se declarar proprietário da Record, deixa implícito que é o dono de todas as emissoras da rede, ao passo que, oficialmente, muitas estão em nome de outros membros da igreja. Afirmou ainda que nunca recebeu dividendos da Record, e que todo o lucro é reinvestido no crescimento da rede.

No livro, ele responde à acusação de que a Universal injeta dinheiro na emissora. Diz que a igreja é só cliente da Record, e aluga espaços na programação. "A igreja paga pelo aluguel da madrugada, horário, aliás, que a Globo e o SBT não querem alugar (...) A Record está crescendo com as próprias pernas."

Riquezas

À pergunta sobre se está rico, não mensurou seu patrimônio em cifras. "Rico? Muito. Talvez seja o homem mais rico do mundo. Sou milionário. Tenho uma família maravilhosa. Faço o que gosto, falo de Jesus. Tenho liberdade. Não vivo à base de tranqüilizantes. Sou uma pessoa livre. Quer riquezas maiores do que essas?"

Indagado sobre o que é feito com o dinheiro que entra na igreja, respondeu que é usado para pagamento das despesas com manutenção dos templos, programação de rádio e televisão feita por pastores, folha de pagamento de funcionários, aluguéis, ajuda de custo dos pastores, construção de igrejas e "mais um batalhão de compromissos".

A publicação comenta também os inquéritos e processos contra Edir Macedo. Desde 1990, foram 21 processos e inquéritos criminais, de curandeirismo a sonegação de impostos. Do total, segundo os autores do livro, cinco prescrevem e 15 foram arquivados por falta de provas.

 

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