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Corregedor vai investigar eventual quebra de decoro em bate-boca de senadores
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai apurar se houve quebra de decoro parlamentar na troca de agressões entre os senadores Gilvam Borges (PMDB-AP) e Mário Couto (PSDB-PA), protagonizada esta tarde no plenário da Casa. Tuma considerou "inaceitável" o comportamento dos senadores que, após agressões verbais no plenário, só não se agrediram fisicamente porque foram contidos por colegas.
"É inaceitável um comportamento desrespeitoso que manche a imagem do Senado", disse o corregedor. Tuma afirmou que decidiu investigar se houve quebra de decoro pelos parlamentares porque considera que o episódio arranha a imagem do Congresso Nacional e dos parlamentares.
A confusão começou depois que Borges, em seu discurso, disse que a oposição era "irresponsável" --ao comentar a disputa do DEM e do PSDB pelo comando da CPI mista do Cartões Corporativos. Couto também reagiu aos ataques da tribuna, o que acirrou os ânimos dos dois parlamentares.
Depois de trocarem insultos verbais por vários minutos, Couto desceu da tribuna, apontou o dedo para Gilvam e os dois começaram a discutir. Ao levantar da cadeira, Gilvam deu um empurrão no colega, que tentou reagir com tapas. Os dois senadores foram contidos pelos colegas Kátia Abreu (DEM-TO) e Demóstenes Torres (DEM-GO).
Demóstenes chegou a segurar Couto pela cintura para dispersar a confusão e outros senadores também tentaram apartar a briga.
Mesmo afastados, os dois parlamentares continuaram a troca de insultos. "Vossa Excelência é safado", disse Couto. "Vagabundo", respondeu Borges. O tucano foi além: "Irresponsável, incompetente".
Depois da confusão, Couto disse que "não iria tão baixo" ao ser questionado se chegaria às vias de fato com o colega. "Foi um desrespeito o que ele fez", criticou.
O tucano reclamou que Borges vem agindo com desrespeito à oposição desde que surgiram as primeiras denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no ano passado. O tucano teve o apoio de colegas da oposição, que consideram Borges como um "censor" das irregularidades do governo.
O peemedebista, por sua vez, desafiou o colega para um "duelo verbal" nesta sexta-feira. Borges disse que vai fazer revelações que comprometerão o tucano. "O combate está marcado para amanhã. Eu acho que ele tem problemas, tem um grau de agressividade muito alto. Ele esmurra a tribuna ao falar. Ou tem problema de insegurança muito grande, ou tem desequilíbrio", atacou Borges.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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