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Múcio defende permanência de Lupi no governo
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
A Comissão de Ética Pública se reúne nesta segunda-feira para analisar mais uma denúncia de irregularidade envolvendo auxiliares diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O alvo das análises é o ministro Carlos Lupi (Trabalho), que é suspeito de ter firmado convênios que favoreciam o PDT --partido que preside.
O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) evitou entrar na polêmica, mas saiu em defesa do colega. Segundo Múcio, Lupi atua com imparcialidade no Ministério do Trabalho.
"Em outros países, a presidência de um partido credencia a indicação para um ministério. Ele [Lupi, no ministério], atende a todos os partidos de forma suprapartidária", afirmou Múcio.
Na semana passada, a Folha informou que pelo menos 12 convênios assinados pelo Ministério do Trabalho autorizaram a destinação de R$ 50 milhões a entidades e pessoas ligadas a políticos do PDT. O valor representa quase a metade da verba disponibilizada para treinamento de mão-de-obra em 30 convênios.
Há também verba de R$ 14,7 milhões a duas entidades (DataBrasil e Inesp) parceiras da Força Sindical, presidida por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP). O ministério e as entidades negam qualquer favorecimento.
Incompatibilidade
No final do ano passado, Lupi foi analisado pela Comissão de Ética Pública envolvendo outra denúncia. Em dezembro, a comissão concluiu que o ministro não poderia acumular o cargo de presidente nacional do PDT e as funções no governo. Lupi reagiu e pediu uma avaliação da AGU (Advocacia Geral da União) sobre o caso.
Lula já recebeu a recomendação da AGU, mas ainda aguarda o parecer final da AGU --o que não tem data para ocorrer. Para Lupi, não há incompatibilidade alguma em presidir o PDT e manter-se ministro.
Mudanças
Nesta segunda-feira, a Comissão de Ética de Pública deve formalizar a troca de presidentes: sai o ex-ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira e entra o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Sepúlveda Pertence.
Também pertencem à comissão o ex-presidente da OAB Hermann Assis Baeta, o padre e ex-assessor da CNBB José Ernanne Pinheiro, e o advogado especialista em direitos humanos Roberto de Figueiredo Caldas.
Leia mais
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Quem não quer ser cobrado, que não se aventure a ingressar ou excursionar pela coisa pública.
Minha gente, meu povo! Temos que ir nos revezando com a fiscalização do uso de nosso dinheiro nas mãos de nossos gestores públicos.
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