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26/02/2008 - 12h09

PF, Ibama e Força Nacional fiscalizam madeireiras de Tailândia

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da Folha Online

A Polícia Federal, em conjunto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Força Nacional de Segurança Pública, deflagrou hoje a Operação Arco de Fogo, em Tailândia (PA). O objetivo da operação é combater o desmatamento ilegal na região amazônica.

De acordo com a PF, a operação começou hoje com um trabalho de fiscalização das madeireiras. Ontem, os homens que participam foram deslocados para Tailândia. São 300 pessoas, entre agentes da PF, Ibama e policiais da Força Nacional. Outros 200 policiais militares do Pará reforçam a operação.

A Força Nacional de Segurança e a Polícia Federal vão estabelecer bases permanentes em Tailândia (PA) para conter a atividade madeireira ilegal e eventuais novos protestos contra as fiscalizações, segundo o ministro Tarso Genro (Justiça). Ele disse ontem que há um "vácuo da presença do Estado" no local.

Segundo o ministro, a PF vai estabelecer cerca de dez bases permanentes em Tailândia e nos acessos à cidade para atuar nas vias de transporte da madeira ilegal. Tarso disse que não há prazo para os policiais deixarem as bases.

"A nossa idéia é instituir esses postos para que a atividade [exploração ilegal de madeira] passe a ser antieconômica, porque não adianta eles abaterem [a madeira] se não vão poder transportar, já que estaremos nos pontos-chave por onde as madeiras passariam", afirmou o ministro.

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse ontem que a fiscalização será permanente. "O fato novo é a permanência, e não uma operação episódica. Esse é o diferencial. O que combater, isso está na rotina da PF. O diferencial foi construir um planejamento que permitisse uma permanência mais prolongada naquela região."

Leilões

A governadora do Pará, Ana Julia Carepa (PT), afirmou nesta segunda-feira que vai "reforçar as ações de combate" ao desmatamento na região Amazônica por meio de um novo modelo de desenvolvimento. Ela disse ainda que a mudança na regulamentação na realização de leilões de madeira --apreendida em fiscalizações na região-- vai colaborar para essas ações, incentivando o desenvolvimento econômico e social na região.

"Queremos incentivar um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia onde nossos recursos naturais possam ser utilizados sem destruir [o meio ambiente]", disse a governadora, que participou de cerimônia no Palácio do Planalto.

Conflito

Na semana passada, madeireiros e policiais militares entraram em confrontono município de Tailândia durante série de protestos contra uma operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a apreensão de madeira ilegal na região.

O secretário de Administração de Tailândia, Cristóvão Vieira, diz que a movimentação financeira fruto da extração da madeira, das serrarias e carvoarias é de cerca de 70% dos recursos que circulam hoje na cidade. "Se os setores fecharem, Tailândia se inviabilizará."

Emancipado há 19 anos e com receita mensal de R$ 3 milhões, o município de 67 mil habitantes de Tailândia surgiu a partir da exploração da floresta há cerca de 40 anos.

De acordo com o secretário, nesse período, 60% da cobertura vegetal original de Tailândia, que tem 4.440 km2, se perdeu. Vieira não culpa, porém, apenas os madeireiros pela situação. Para ele, faltou também fiscalização e orientação das autoridades federais.

Com Agência Brasil

Comentários dos leitores
ernani sefton campos (136) 11/11/2009 09h41
ernani sefton campos (136) 11/11/2009 09h41
A discussão continua, como a "dos sexos dos anjos".
Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
sem opinião
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Rodrigo Vieira de Morais (175) 23/10/2009 15h33
Rodrigo Vieira de Morais (175) 23/10/2009 15h33
Gente, teremos que resolver os problemas ambientais, agora ou depois.
Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
sem opinião
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Os Estados Unidos criam centenas de ONGs no Brasil que são financiadas em partes por eles, para proteger o meio ambiente. Será?..... Será mesmo que se preocupam tanto com o meio ambiente, ou a concorrência do Brasil no agronegócio esta incomodando. 12 opiniões
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