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27/02/2008 - 19h32

Lupi suspende quatro convênios após suspeitas de irregularidades

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Após suspeitas de irregularidades, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou hoje a suspensão de quatro convênios fechados entre a sua pasta e entidades ligadas ao PDT. Lupi negou as irregularidades e disse que os convênios foram suspensos por problemas técnicos.

Foram suspensos os convênios fechados com a DataBrasil, Grupo Mulher Maravilha, Assistência São Vicente de Paula e Fundação São João Del Rey.

Lupi disse que os recursos destinados a essas entidades por meio dos convênios foram bloqueados e voltarão aos cofres públicos.

Segundo reportagem da Folha, pelo menos 12 convênios assinados pelo Ministério do Trabalho autorizaram a destinação de R$ 50 milhões a entidades e pessoas ligadas a filiados do PDT. Outros R$ 14,7 milhões teriam sido repassados a duas entidades (DataBrasil e Inesp) parceiras da Força Sindical, presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP) --que preside o PDT em São Paulo.

Para tentar provar que os convênios não beneficiam o PDT, Lupi apresentou uma planilha com números que mostram acordos que beneficiariam entidades ligadas a outros partidos. No total, o ministro afirmou que são destinados R$ 408.826.454,24 milhões --dos quais PSDB, PT, PMDB, DEM, PP e PDT seriam os principais beneficiados.

Na última segunda-feira, a Comissão de Ética Pública decidiu cobrar de Lupi explicações sobre as denúncias envolvendo o Ministério do Trabalho e os convênios. O ministro disse que vai responder a todas as dúvidas da comissão e levará o documento --com as respostas- pessoalmente ao presidente do órgão, Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF.

Lupi afirmou que é vítima de "perseguição política". "Não tenho preocupação alguma com a ética porque nasci na ética. Sou vítima de perseguição política. Julgo ser vítima de uma campanha para me difamar e destruir uma imagem [pública] construída há 30 anos. Estou profundamente magoado", afirmou Lupi.

Lupi anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho para investigar 'in loco' as atividades das entidades que firmarem convênios com sua pasta e também de um portal denominado "Transparência Total".

Comentários dos leitores
Antonio Fouto Dias (2079) 08/03/2008 19h23
Antonio Fouto Dias (2079) 08/03/2008 19h23
O PDT é o legítimo sucessor do PTB de Leonel Brisola e Getúlio Vargas, deveria ser um partido independente e buscando a re-conquista do espaço perdido, entretanto, fica integrado à base aliada do governo, buscando algumas garantias que poderão muito bem não existir e com isso se manterá entre os partidos intermediários. Essa questão do ministro Lupi, não dá para entender outra coisa, que não seja a conquista de publicidade ou para que seu nome se coloque em evidência, pois é mais que sabido de que não se deve acumular dois cargos executivos, não precisava tanto tempo para se chegar a essa conclusão e que, no meu entendimento, só foi negativo para o partido. 1 opinião
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Antonio Fouto Dias (2079) 04/03/2008 07h03
Antonio Fouto Dias (2079) 04/03/2008 07h03
Como esse governo gosta de criar trempestade em copo d'água. Então vejamos, o cargo de ministro é um cargo executivo. O cargo de presidente de partido, também é considerado cargo executivo. Se há dispositivos legais de que não pode haver acúmulo de cargos ou funções executivas, é só determinar a opção. Ou permanece no ministério ou na presidência do partido; numa eventual insistência, cabe ao Presidente Lula uma desisão de que se não optar, não permanece no ministério e pronto. 1 opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1130) 29/02/2008 12h07
Rui Ruz Caputi Caputi (1130) 29/02/2008 12h07
Os saqueadores que pilham o dinheiro público, devem ser compreensivos com a cobrança e pressão do povo. Afinal somosd quase 190 milhões de investidores compulsórios. É muita gente para que se esqueça tão facilmente de pessoas que enfiam a mão em nossos bolsos.
Quem não quer ser cobrado, que não se aventure a ingressar ou excursionar pela coisa pública.
Minha gente, meu povo! Temos que ir nos revezando com a fiscalização do uso de nosso dinheiro nas mãos de nossos gestores públicos.
4 opiniões
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