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Lupi suspende quatro convênios após suspeitas de irregularidades
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Após suspeitas de irregularidades, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou hoje a suspensão de quatro convênios fechados entre a sua pasta e entidades ligadas ao PDT. Lupi negou as irregularidades e disse que os convênios foram suspensos por problemas técnicos.
Foram suspensos os convênios fechados com a DataBrasil, Grupo Mulher Maravilha, Assistência São Vicente de Paula e Fundação São João Del Rey.
Lupi disse que os recursos destinados a essas entidades por meio dos convênios foram bloqueados e voltarão aos cofres públicos.
Segundo reportagem da Folha, pelo menos 12 convênios assinados pelo Ministério do Trabalho autorizaram a destinação de R$ 50 milhões a entidades e pessoas ligadas a filiados do PDT. Outros R$ 14,7 milhões teriam sido repassados a duas entidades (DataBrasil e Inesp) parceiras da Força Sindical, presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP) --que preside o PDT em São Paulo.
Para tentar provar que os convênios não beneficiam o PDT, Lupi apresentou uma planilha com números que mostram acordos que beneficiariam entidades ligadas a outros partidos. No total, o ministro afirmou que são destinados R$ 408.826.454,24 milhões --dos quais PSDB, PT, PMDB, DEM, PP e PDT seriam os principais beneficiados.
Na última segunda-feira, a Comissão de Ética Pública decidiu cobrar de Lupi explicações sobre as denúncias envolvendo o Ministério do Trabalho e os convênios. O ministro disse que vai responder a todas as dúvidas da comissão e levará o documento --com as respostas- pessoalmente ao presidente do órgão, Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF.
Lupi afirmou que é vítima de "perseguição política". "Não tenho preocupação alguma com a ética porque nasci na ética. Sou vítima de perseguição política. Julgo ser vítima de uma campanha para me difamar e destruir uma imagem [pública] construída há 30 anos. Estou profundamente magoado", afirmou Lupi.
Lupi anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho para investigar 'in loco' as atividades das entidades que firmarem convênios com sua pasta e também de um portal denominado "Transparência Total".
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