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28/02/2008 - 10h26

MT vê "erro de 100%" em dados do Inpe sobre desmate

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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Marcelândia (MT)

Todos os pontos identificados como desmatamentos recentes pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no município de Marcelândia (730 km de Cuiabá) são antigos, fruto de interpretação equivocada das imagens de satélite ou mesmo inexistentes. O parecer é de uma equipe de fiscalização enviada a campo pela Secretaria de Meio Ambiente do governo de Mato Grosso.

Concluída ontem, a varredura no município --apontado como o líder do ranking de derrubadas na Amazônia nos últimos cinco meses de 2007, segundo o Inpe-- foi determinada pelo governador Blairo Maggi (PR), que contestou os dados do órgão no dia da divulgação.

Outras 47 equipes continuam verificando os dados em municípios do norte do Estado.

Em Peixoto de Azevedo, que também integra a lista dos 36 maiores devastadores da floresta, todos os pontos de possíveis desmates recentes também foram descartados.

Ao todo, 79 pontos foram verificados nos dois municípios. A maior parte das áreas, de acordo com a secretaria, havia sofrido queimadas. Outras já haviam sido contabilizadas como abertas em anos anteriores. E houve casos em que imagens da ação de uma praga de pastagens --a cigarrinha-- foram interpretadas como sendo novas derrubadas.

"Essa foi a realidade em 100% dos pontos. Não encontramos nenhum desmate que tenha ocorrido no último trimestre", disse o assessor técnico florestal da secretaria, Geraldo Ribatski. Segundo ele, o sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) indica apenas mudanças na cobertura do solo.

"Se ocorre um incêndio na floresta, as folhas secam e caem. O satélite, que estava enxergando ali uma cobertura sempre verde, dá o alarme e nos diz que houve uma modificação qualquer. Isso não significa desmatamento", afirmou.

Em 30 de janeiro deste ano, Marcelândia sediou um controvertido evento político de contestação aos dados do Inpe. Em um sobrevôo de duas horas, a convite do governador, uma comitiva de ministros liderada por Marina Silva (Meio Ambiente) percorreu alguns dos pontos indicados pelo órgão, que também enviou seus técnicos ao município.

No mesmo dia, o ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), disse ter de 95% a 97% de segurança de que os dados estavam corretos. "Em ciência nunca há 100% de certeza", considerou, para depois provocar: "É curioso que, quando o Inpe informava que o desmatamento estava caindo, ninguém questionava o dado".

Comentários dos leitores
ernani sefton campos (136) 11/11/2009 09h41
ernani sefton campos (136) 11/11/2009 09h41
A discussão continua, como a "dos sexos dos anjos".
Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
sem opinião
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Rodrigo Vieira de Morais (175) 23/10/2009 15h33
Rodrigo Vieira de Morais (175) 23/10/2009 15h33
Gente, teremos que resolver os problemas ambientais, agora ou depois.
Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
sem opinião
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Os Estados Unidos criam centenas de ONGs no Brasil que são financiadas em partes por eles, para proteger o meio ambiente. Será?..... Será mesmo que se preocupam tanto com o meio ambiente, ou a concorrência do Brasil no agronegócio esta incomodando. 12 opiniões
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