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Isolamento força bancada do PT na Câmara a aceitar relatoria de CPI mista
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A decisão do PT de abrir mão da presidência da CPI mista dos Cartões Corporativos foi conseqüência do isolamento da bancada do partido na Câmara, que insistiu na troca do cargo com a oposição mesmo sem o apoio de outras legendas da base aliada do governo.
A Folha Online apurou que o PT não conseguiu convencer nem mesmo a bancada do próprio partido no Senado para ficar com a presidência. Os senadores petistas se mostraram nos bastidores favoráveis à entrega do cargo aos tucanos.
Isolados, os deputados petistas foram forçados a desistir na presidência da comissão. Os senadores aliados, especialmente do PMDB, argumentaram que o confronto com a oposição neste momento poderia trazer prejuízos ao governo federal nas votações no Senado --onde os governistas têm maioria apertada sobre o DEM e PSDB.
O líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), admitiu o isolamento da bancada nas negociações. "A gente não conseguiu mudar a posição dos aliados. Por isso, concordamos para não atrasar a CPI", afirmou. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi decisivo para convencer o PT a desistir da troca da relatoria pela presidência da CPI mista.
Jucá chegou a pedir desculpas aos petistas durante reunião, esta manhã, com o secretário-executivo do Ministério das Relações Institucionais, Márcio Favilla, na qual os deputados do PT decidiram abrir mão da presidência da CPI. Segundo participantes do encontro, o peemedebista admitiu que autorizou o PMDB a ceder o comando da CPI mista ao PSDB sem consultar a bancada do PT na Câmara --o que provocou a reação dos petistas.
Com o recuo do PT, a presidência da CPI ficará nas mãos da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). O nome de Serrano foi indicado para o cargo depois do acordo fechado com Jucá para que a oposição ficasse no comando da comissão. O PT, por sua vez, manteve o deputado Luiz Sérgio (RJ) como indicado para a relatoria da CPI mista.
Instalação
Superado o impasse em torno da presidência da CPI mista dos Cartões Corporativos, a expectativa é que a comissão seja instalada esta semana, após a indicação de seus integrantes pelos líderes partidários.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse hoje acreditar que a comissão será instalada nos próximos dias. "Não há mais dúvida de que essa CPI se instala ainda nesta semana. Já que foram indicados quase todos os membros, não há mais razão para não instalar essa CPI", afirmou.
A oposição indicou sua tropa de choque para integrar a CPI mista com o objetivo de aprofundar as investigações sobre as irregularidades no uso dos cartões por integrantes do governo federal. DEM e PSDB escolheram parlamentares com perfil de embate para evitar que os governistas, com maioria na comissão, blindem o Palácio do Planalto nas apurações.
O DEM indicou os senadores Demóstenes Torres (GO) e Antônio Carlos Magalhães Júnior (BA) para titulares, além do líder José Agripino Maia (RN) e do senador Efraim Morais (PB) como suplentes. Já o PSDB escolheu os senadores Marisa Serrano (MS) e Marconi Perillo (GO) para titulares e Álvaro Dias (PR) e Flexa Ribeiro (PA) para suplentes.
O PT da Câmara indicou oficialmente os deputados Luiz Sérgio (RJ), Paulo Teixeira (SP), Vignatti (SC) e Nilson Mourão (AC) para integrarem a CPI. No Senado, o partido indicou as senadoras Serys Slhessarenko (PT-MT) e Fátima Cleide (PT-RO) para titulares da CPI.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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