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06/03/2008 - 15h19

Governistas desafiam oposição e ameaçam votar Orçamento mesmo sem acordo

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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A base aliada do governo está disposta a colocar a proposta do Orçamento Geral da União de 2008 em votação, na próxima quarta-feira, mesmo sem fechar acordo com a oposição para sua a aprovação. Sem recursos orçamentários desde o início deste ano, o governo decidiu orientar os líderes aliados para que consigam maioria suficiente capaz de garantir a aprovação do texto.

"Vamos votar na quarta-feira com ou seu acordo com a oposição", disse o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS).

A Folha Online apurou que os governistas ficaram irritados com as condições impostas pela oposição para a votação do Orçamento. Na reunião realizada esta manhã entre o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e líderes partidários, a oposição se recusou a participar e enviou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) como representante.

Tensão

Em um breve recado, Heráclito teria condicionado a aprovação do Orçamento ao aumento dos repasses aos Estados previstos pela lei Kandir. A Folha Online apurou que o senador nem teria chegado a sentar-se ao lado dos demais líderes na reunião, apenas abriu a porta do gabinete de Garibaldi para transmitir o recado da oposição.

Incomodada com a pressão dos oposicionistas, a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), teria deixado claro a Heráclito que a proposta orçamentária será votada mesmo sem o apoio da oposição.

O clima na reunião, conduzida por Garibaldi em seu gabinete, foi tenso, segundo relatos --com o momento crítico protagonizado por Heráclito e Roseana. A oposição admitiu que o clima está mais "tenso" no Senado em meio às discussões do Orçamento.

"Hoje, o clima era de tumulto. Na quarta-feira teremos maturidade para votar o Orçamento", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Oficialmente, DEM e PSDB negam que tenham apresentado uma nova demanda como condicionante à votação da proposta orçamentária. "Não é verdade, apenas pedimos que o setor agrícola não seja prejudicado e que os Estados que são ressarcidos não sejam prejudicados pela lei Kandir. Temos um pleito só que é se fazer um Orçamento decente", disse Virgílio.

Preocupação

O governo pretende mobilizar a base aliada, especialmente no Senado, para garantir a votação da peça orçamentária na quarta-feira. Como o texto será votado em sessão do Congresso Nacional (Câmara e Senado juntos), os governistas temem que a oposição mobilize os senadores para derrubar a matéria --já que no Senado os governistas têm apertada maioria sobre a oposição.

Na Câmara, onde o governo tem número maior de parlamentares, os aliados não temem represálias ao texto orçamentário. Líderes governistas ouvidos pela Folha Online afirmam, inclusive, que a própria oposição na Câmara não impõe restrições à aprovação do Orçamento de 2008.

Apesar da nova reivindicação sobre a lei Kandir, o principal impasse para a votação do Orçamento está no anexo de "metas e prioridades" que destina R$ 534 milhões para emendas apresentadas por um grupo restrito de parlamentares.

O adiamento da votação do Orçamento para a próxima quarta-feira foi provocado pela falta de acordo em torno do anexo.

Mesmo com o impasse, os governistas estão dispostos a levar a matéria para voto com o objetivo de garantir a aprovação do Orçamento. Desde o início de 2008, o governo federal tem recorrido a suplementações financeiras para compensar os recursos previstos pelo Orçamento que não podem ser liberados enquanto o texto não for aprovado pelo Congresso.

O governo não descarta enviar uma enxurrada de medidas provisórias para garantir os recursos orçamentários se a matéria não for colocada em votação nos próximos dias.

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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