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À CPI, empresas informam que foram feitas 380 mil escutas telefônicas legais em 2007
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Apenas em 2007, quatro das principais empresas de telefonia no país realizaram 380 mil escutas telefônicas legais por ordens da Justiça. A informação foi revelada nesta quinta-feira à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara --conhecida como CPI do Grampo. Representantes da Oi, TIM, Claro e Vivo forneceram diferentes números sobre as operações. Os dados surpreenderam a comissão.
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), levantou dúvidas sobre a necessidade da quebra de sigilo para a realização de determinadas investigações. "Estão grampeando para investigar e não investigando para depois, sim, grampear", reagiu o deputado, que é delegado da Polícia Federal.
Prestaram esclarecimentos à CPI nesta quinta-feira o diretor de Patrimônio e Segurança da Oi, Paulo Edson Pioner; o gerente de Relacionamento e Apoio aos Órgãos Públicos da TIM, Delmar Nicoletti; a diretora jurídica da Claro, Tula Peters, e o gerente de Segurança da Vivo, Diogo Rio Neves.
Segundo os dados informados pelos representantes das empresas, os números de escutas telefônicas realizadas em 2007 são: 235 mil escutas feitas pela TIM, 92 mil pela Vivo, 33 mil pela Claro e 20 mil pela Oi.
O relator da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), demonstrou indignação com os dados. "A sensação que tenho é que realmente foi banalizado o processo de quebra de sigilo telefônico", disse.
"Os números são impressionantes e fazem levantar uma série de dúvidas, por exemplo, quem administra esses dados? Como são manipuladas essas informações?", questionou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que é promotor público e destacou-se na CPI dos Correios.
São esperados ainda para hoje os depoimentos do secretário-geral da Telefônica, Gustavo Fleichman, e do diretor-adjunto jurídico de Contencioso Estratégico e Criminal da Brasil Telecom, Guilherme Henriques de Araújo.
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