Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/03/2008 - 17h03

À CPI, empresas informam que foram feitas 380 mil escutas telefônicas legais em 2007

Publicidade

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Apenas em 2007, quatro das principais empresas de telefonia no país realizaram 380 mil escutas telefônicas legais por ordens da Justiça. A informação foi revelada nesta quinta-feira à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara --conhecida como CPI do Grampo. Representantes da Oi, TIM, Claro e Vivo forneceram diferentes números sobre as operações. Os dados surpreenderam a comissão.

O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), levantou dúvidas sobre a necessidade da quebra de sigilo para a realização de determinadas investigações. "Estão grampeando para investigar e não investigando para depois, sim, grampear", reagiu o deputado, que é delegado da Polícia Federal.

Prestaram esclarecimentos à CPI nesta quinta-feira o diretor de Patrimônio e Segurança da Oi, Paulo Edson Pioner; o gerente de Relacionamento e Apoio aos Órgãos Públicos da TIM, Delmar Nicoletti; a diretora jurídica da Claro, Tula Peters, e o gerente de Segurança da Vivo, Diogo Rio Neves.

Segundo os dados informados pelos representantes das empresas, os números de escutas telefônicas realizadas em 2007 são: 235 mil escutas feitas pela TIM, 92 mil pela Vivo, 33 mil pela Claro e 20 mil pela Oi.

O relator da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), demonstrou indignação com os dados. "A sensação que tenho é que realmente foi banalizado o processo de quebra de sigilo telefônico", disse.

"Os números são impressionantes e fazem levantar uma série de dúvidas, por exemplo, quem administra esses dados? Como são manipuladas essas informações?", questionou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que é promotor público e destacou-se na CPI dos Correios.

São esperados ainda para hoje os depoimentos do secretário-geral da Telefônica, Gustavo Fleichman, e do diretor-adjunto jurídico de Contencioso Estratégico e Criminal da Brasil Telecom, Guilherme Henriques de Araújo.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página