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17/09/2002
-
21h51
da Folha Online, em Brasília
O candidato José Serra (PSDB) perdeu hoje três minutos de seu programa,a gratuito de TV por ter veiculado material com ataques ao PT e ao presidente do partido, José Dirceu, que ferem a Lei Eleitoral. Foi este o entendimento do ministro auxiliar do TSE, Caputo Bastos, que acatou a representação dos advogados do PT requerendo liminar de suspensão do programa.
Segundo o ministro auxiliar, não há nenhuma ligação entre as declarações de Dirceu e a agressão sofrida pelo governador Mário Covas, como tenta mostrar o programa de Serra. Além de punir com a perda do tempo, Bastos determinou que o programa tucano tire do ar esses ataques contra o PT.
Os advogados do PT alegam que o programa gratuito do tucano, veiculado hoje, usou "trucagem e montagem que degradam e ofendem o PT e seu presidente nacional, deputado José Dirceu (SP)".
Durante o programa de Serra foram mostradas imagens de manifestações ocorridas em maio e junho de 2000, nas quais o então governador de São Paulo, Mário Covas, aparece sendo agredido por professores da rede estadual de ensino, que estavam em greve.
Junto com as imagens, aparecem as expressões: "O PT que você tem visto na TV é um PT bem maquiado, bonzinho e equilibrado para tentar ganhar as eleições. Mas o que você vai ver agora aconteceu há apenas dois anos. E quem você vai ver falando é o presidente nacional do PT, um político que, se o Lula for eleito presidente, com toda certeza terá muito poder. Preste atenção e reflita".
Em seguida o programa serrista mostra o presidente do PT, Zé Dirceu, dizendo que "eles têm que apanhar nas ruas e nas urnas também".
Argumentos
Na representação protocolada no TSE, os petistas afirmam que o programa "omite de forma criminosa" o momento político vivido em São Paulo naquele período. "A edição do programa é patética e carregada de crueldade. Utiliza imagens do governador machucado, com intenção de comover e sensibilizar os telespectadores, para fazer uma associação criminosa entre dois fatos distintos", defendem os advogados do PT.
Outro argumento apresentado pelo PT foi afirmar que a idéia central do programa de Serra é levar o eleitor a acreditar que Mário Covas foi agredido por culpa e responsabilidade exclusiva do partido e de José Dirceu. "Se vivo estivesse, o governador Mário Covas jamais compactuaria com a edição sórdida daquele programa", diz o texto da representação.
Os advogados do PT entram amanhã com pedido de direito de resposta.
Veja também o especial Eleições 2002
Serra perde três minutos na TV por causa de agressões ao PT
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O candidato José Serra (PSDB) perdeu hoje três minutos de seu programa,a gratuito de TV por ter veiculado material com ataques ao PT e ao presidente do partido, José Dirceu, que ferem a Lei Eleitoral. Foi este o entendimento do ministro auxiliar do TSE, Caputo Bastos, que acatou a representação dos advogados do PT requerendo liminar de suspensão do programa.
Segundo o ministro auxiliar, não há nenhuma ligação entre as declarações de Dirceu e a agressão sofrida pelo governador Mário Covas, como tenta mostrar o programa de Serra. Além de punir com a perda do tempo, Bastos determinou que o programa tucano tire do ar esses ataques contra o PT.
Os advogados do PT alegam que o programa gratuito do tucano, veiculado hoje, usou "trucagem e montagem que degradam e ofendem o PT e seu presidente nacional, deputado José Dirceu (SP)".
Durante o programa de Serra foram mostradas imagens de manifestações ocorridas em maio e junho de 2000, nas quais o então governador de São Paulo, Mário Covas, aparece sendo agredido por professores da rede estadual de ensino, que estavam em greve.
Junto com as imagens, aparecem as expressões: "O PT que você tem visto na TV é um PT bem maquiado, bonzinho e equilibrado para tentar ganhar as eleições. Mas o que você vai ver agora aconteceu há apenas dois anos. E quem você vai ver falando é o presidente nacional do PT, um político que, se o Lula for eleito presidente, com toda certeza terá muito poder. Preste atenção e reflita".
Em seguida o programa serrista mostra o presidente do PT, Zé Dirceu, dizendo que "eles têm que apanhar nas ruas e nas urnas também".
Argumentos
Na representação protocolada no TSE, os petistas afirmam que o programa "omite de forma criminosa" o momento político vivido em São Paulo naquele período. "A edição do programa é patética e carregada de crueldade. Utiliza imagens do governador machucado, com intenção de comover e sensibilizar os telespectadores, para fazer uma associação criminosa entre dois fatos distintos", defendem os advogados do PT.
Outro argumento apresentado pelo PT foi afirmar que a idéia central do programa de Serra é levar o eleitor a acreditar que Mário Covas foi agredido por culpa e responsabilidade exclusiva do partido e de José Dirceu. "Se vivo estivesse, o governador Mário Covas jamais compactuaria com a edição sórdida daquele programa", diz o texto da representação.
Os advogados do PT entram amanhã com pedido de direito de resposta.
Veja também o especial Eleições 2002
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