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07/03/2008 - 12h57

Parlamentares culpam grupo que apresentou anexo por atraso na votação do Orçamento

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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Parlamentares do governo e da oposição atribuem o atraso na votação do Orçamento Geral da União de 2008 a um grupo de deputados e senadores beneficiados com o "contrabando" do anexo de "metas e prioridades" de R$ 534 milhões inserido na peça orçamentária. Embora os senadores governistas e da oposição troquem acusações sobre o atraso na votação, nos bastidores reconhecem que as resistências vêm do grupo que apresentou o anexo.

A Folha Online apurou que a disputa velada do grupo atendido com o anexo teria adiado para a próxima quarta-feira a votação da proposta orçamentária. Sem citar nomes dos colegas, os deputados e senadores que acompanham as negociações advertem que é necessário o Congresso assumir uma decisão firme e optar pela exclusão do anexo.

Segundo eles, se isso não ocorrer, a própria imagem do Parlamento pode ser atingida. "A oposição deu a prova de que quer o Orçamento votado ao concordar com a proposta do líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), para a extinção do anexo. Existe um partido clandestino no Congresso que é o partido do Orçamento. Isso pode expor o governo, mas vai expor muito mais o Congresso", afirmou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que tradicionalmente acompanha as discussões orçamentárias, admite que há resistências na comissão para que o anexo seja retirado. "Ao que tudo indica, o Orçamento vai ser votado na semana que vem, sim. Nós fizemos uma tomada de posição, mostrando o que havia de irregular, mas que ocorre como uma antiga prática na Casa", disse.

O anexo é formado por emendas parlamentares, que têm como "pais" 96 deputados e senadores das bancadas partidárias de 16 Estados. O deputado João Leão (PP-BA) confirmou que a maioria das emendas do anexo veio de membros da comissão.

Os gastos do anexo não se confundem com as emendas parlamentares propriamente ditas, que neste ano já vão abocanhar R$ 15,2 bilhões, de um total de R$ 99 bilhões previstos em investimentos.

Mudanças

Diante das resistências ao anexo, a expectativa de alguns parlamentares é que ele seja retirado do texto orçamentário. "A tendência é votar destacado, retirando o anexo, e aprovando o restante. Eu tenho certeza que esse anexo foi feito à revelia do governo", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Rands sugeriu que 50% dos recursos do anexo sejam distribuídos por meio do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Outros 40% dos R$ 534 milhões seriam repassados com base na média dos últimos três anos dos valores aprovados em emendas de bancadas parlamentares.

Os últimos 10%, Rands sugere que sejam divididos pelas bancadas de acordo com o tamanho da população de cada Estado, com base em critérios definidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A proposta divide os parlamentares porque representantes de Estados menos populosos, como o Distrito Federal, temem ser prejudicados na distribuição dos recursos. Mas tem o apoio de grande parte da oposição e do governo, por isso vem sendo considerada como viável para garantir a aprovação do Orçamento na semana que vem.

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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