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Vieira da Cunha deve substituir Lupi na presidência do PDT
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O comando nacional do PDT ainda não foi informado oficialmente sobre o afastamento do ministro Carlos Lupi (Trabalho) da presidência da legenda. Mas desde já há articulações para escolher seu substituto. A idéia é que o futuro presidente do partido seja o atual líder da bancada na Câmara, Vieira da Cunha (RS), que também é um dos segundo-vice-presidentes da legenda.
Nesta sexta-feira o outro segundo-vice-presidente do PDT, o governador do Maranhão, Jackson Lago, telefonou para Cunha e disse que não pretendia assumir o lugar de Lupi. Pelo regimento interno do partido, a função deve ficar com o deputado do Rio Grande do Sul.
Lago é alvo de ações judiciais e ainda foi investigado pela Operação Navalha --realizada pela Polícia Federal no ano passado na qual foram identificados políticos, empresários e servidores que participariam de um esquema que fraudava licitações públicas. Ele negou envolvimento com o esquema. Mas se viu obrigado a dar uma série de explicações.
Há, ainda, uma terceira possibilidade para comandar o PDT. O nome que surge é o do secretário-geral da legenda, Manoel Dias. No entanto, a tendência, segundo deputados e senadores do partido, é seguir o regimento interno da legenda e evitar embates.
Para Dias assumir o lugar de Lupi seria necessário reformular o regimento e convocar uma reunião extraordinária do diretório nacional do partido --o que não estaria nos planos dos pedetistas.
Porém, pedetistas consideram o nome de Vieira da Cunha o mais próximo de um consenso. Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, o deputado é considerado um conciliador e tem bom trânsito na bancada.
Decisão
A idéia é convocar uma reunião extra da executiva nacional do PDT na próxima semana para discutir o assunto --mas ainda não há uma data marcada. É que essa definição depende de decisão do próprio Lupi, que até formalizar sua licença ainda responderá como presidente nacional do partido.
Lupi cumpre agenda de trabalho fora de Brasília. De acordo com sua assessoria, ele passará o dia em atividades pelo interior do Piauí e de lá deverá seguir para o Rio de Janeiro.
Sob pressão do PDT e de integrantes do governo, o ministro optou por se licenciar da presidência de seu partido depois de quase três meses de a Comissão de Ética Pública recomendar que ele optasse entre permanecer à frente da legenda ou estar no Ministério do Trabalho.
Nos últimos dias, Lupi virou alvo de suspeitas de irregularidades envolvendo sua gestão no ministério e contratos de convênios com organismos não-governamentais. De acordo com denúncias, o ministro teria autorizado convênios que favoreceriam o PDT. Ele negou as acusações.
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