Na reunião de coordenação, Amorim fala sobre situação na América do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quis saber nesta segunda-feira os detalhes do desfecho do impasse que envolveu o Equador e a Colômbia na semana passada. A pedido do presidente, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) fez hoje um relato minucioso sobre os debates realizados na última cúpula do Grupo do Rio, realizada na semana passada em Santo Domingo, na República Dominicana.

O relato de Amorim ocorreu durante a reunião de coordenação, na manhã de hoje, no Palácio do Planalto. Além do presidente e de Amorim, participaram da reunião de coordenação política o vice-presidente José Alencar, os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega (Fazenda), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social).

Amorim fez uma análise do acordo firmado na OEA (Organização dos Estados Americanos) que possibilitou o fim da crise após a invasão de território equatoriano por militares da Colômbia, na semana passada. O assuntou gerou uma crise latino-americana, na qual Lula foi um dos intermediadores.

No auge do impasse, o presidente do Equador, Rafael Correa, veio a Brasília conversar com Lula e pedir o apoio do governo. Lula condenou a "violação territorial", mas também conversou com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, sugerindo que pedisse novas desculpas a Correa.

No dia 17, haverá uma nova reunião de chanceleres, desta vez em Washington (EUA). Antes, na quinta-feira, o presidente recebe a visita da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. A expectativa é a de que a crise entre Equador e Colômbia seja um dos temas da reunião.