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23/09/2002 - 20h54

Campanha de Serra muda estratégia e reduz ataques a Lula

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

O comando da campanha do presidenciável de José Serra (PSDB) decidiu reduzir os ataques à candidatura Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reta final das eleições. Na avaliação de alguns tucanos, a estratégia de bater no petista já cumpriu a sua função -evitar uma vitória de Lula no primeiro turno- mas pode trazer mais prejuízos a Serra se for mantida.

A campanha serrista estava dividida sobre o rumo a ser adotado nas últimas duas semanas antes do primeiro turno, mas dois fatos contribuíram para dar argumentos ao setor moderado da aliança PSDB-PMDB.

Primeiro, a decisão da Justiça Federal de impedir o PSDB de utilizar imagens para atacar o presidente do PT, José Dirceu, ligando ele às agressões sofridas pelo governador Mário Covas. Depois, as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas recentemente, que mostraram um crescimento da rejeição a Serra e a ressurreição da candidatura Anthony Garotinho (PSB).

Oficialmente, a justificativa para a mudança é outra. "Os ataques da semana passada a Dirceu foram uma respostas à ação do procurador Luiz Francisco. A resposta já foi dada", disse um assessor do candidato tucano. A campanha nega que haja mudança de rumo, e diz apenas "ajustes finos"

O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Júnior (BA), elogia a estratégia adotada por Serra, mas avalia que agora é o momento de partir para o corpo a corpo com os eleitores.

"A estratégia foi eficiente, pois o Serra está em segundo lugar e no segundo turno. Mas agora temos uma etapa nova. É preciso uma entrada vigorosa dos candidatos a deputado, senador e governador na campanha. Temos de atuar na conquista direta do eleitor", disse o líder, que passou os últimos cinco dias fazendo campanha pelo interior da Bahia.

"Você já levantou as questões de competência e preparo. Agora é preciso apresentar as propostas", afirmou o líder. Segundo ele, a Justiça já mostrou até onde é possível agir.

Veja também o especial Eleições 2002
 

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