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CPI dos Cartões tem bate-boca entre parlamentares e sorvete de tapioca
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de trocar farpas esta manhã com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), o senador Almeida Lima (PMDB-SE) voltou a bater boca nesta quarta-feira com o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) --pai do deputado democrata-- na CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos. Os dois senadores trocaram insultos após Lima tentar fazer uma intervenção no momento em que ACM Júnior iniciaria um discurso na CPI.
Aos gritos, o senador democrata pediu que Lima respeitasse o seu direito de falar. "O senhor me respeite, eu estou inscrito. Senador, respeite. Isso é molequeira. Faça o favor de me deixar com a palavra", disse.
Lima, por sua vez, disse que "sabe respeitar" o momento de todos os parlamentares discursarem. Mas reiterou que só fazia o pedido de uma intervenção. "Eu fiz uma questão de ordem, posso esperar. Mas eu sei me comportar e sei respeitar", afirmou. "Não sabe não", reagiu ACM Junior.
Irritado, Lima acusou a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), de beneficiar a oposição nos discursos na comissão. "Se não sabe o que é regimento, vá para a escolinha do professor Raimundo. Aprenda e depois volte", disse à senadora. Serrano teve que pedir calma à CPI para a retomada dos trabalhos.
Antes do bate-boca, Serrano havia pedido que os integrantes da CPI mantivessem o decoro parlamentar na comissão. Desde o início da manhã, governistas e oposicionistas vêm trocando ofensas na CPI. "Eu gostaria que as pessoas tivessem um vocabulário condizente com o grau de investidura que têm aqui no Congresso", pediu a presidente da CPI.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) trocou farpas com o deputado Silvio Costa (PMN-PE) depois que o governista criticou a quebra de sigilo de gastos da Presidência da República com os cartões corporativos. "O deputado Silvio Costa veio hoje com a intenção deliberada de tumultuar a sessão. Os deputado da base estão vindo aqui para tumultuar os trabalhos conduzidos pela senhora, senadora Marisa", criticou Flexa.
Costa negou que os governistas estejam dispostos a "blindar" as investigações, depois de rejeitarem com folga nesta quarta-feira requerimentos de convocação da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à CPI.
"O que está marcando essa CPI é uma luta política. Nós concordamos com o convite aos ministros Orlando Silva [Esportes], Altemir Gregolin [Pesca] e da ex-ministra Matilde Ribeiro [Igualdade Racial]. Não cabe esse discurso falacioso querendo dizer à opinião pública que há disposição de tratorar. Não há intenção do governo em esconder qualquer tipo de conta sigilosa", enfatizou.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), chegou a acusar os governistas de estarem 'passando um trator' nas investigações ao rejeitarem requerimentos de convocação. "Estou chocado com a postura truculenta da base que mostrou que não quer votar nada, quer tratorar. E de tratoração, o meu partido não vai participar", ameaçou.
Tapioca
Em uma alusão à tapioca comprada pelo ministro Orlando Silva (Esportes) com cartão corporativo do governo, o deputado Vic Pires (DEM-PA) distribuiu hoje sorvete de tapioca aos integrantes da CPI mista (com deputados e senadores) que investiga irregularidades no uso dos cartões. Depois de quase três horas de reunião da CPI, o deputado decidiu distribuir o sorvete para "matar a fome" dos colegas --mesmo sem admitir oficialmente o simbolismo de seu gesto.
"Queria saber se a senhora gostou do sorvete de tapioca que trouxe do meu Estado para a senhora e todos os membros da comissão", questionou Pires à presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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