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30/09/2002
-
09h01
Na reta final da eleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso tem trocado telefonemas com o presidente do PT, o deputado federal José Dirceu (SP). Os dois, porém, combinaram negar para não melindrar José Serra, o presidenciável tucano.
Caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição, FHC quer a garantia de que não será perseguido, com reabertura de investigações sobre atos em seus dois governos. Essa garantia, segundo a Folha apurou, ele já obteve.
Além disso, o presidente negocia com o PT a aprovação do foro privilegiado para ex-autoridades, regra que o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou em 1999.
Hoje, FHC responde penalmente perante o STF. Só o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pode dar início a um pedido de processo penal contra o presidente. No campo civil, FHC responde perante a primeira instância da Justiça Federal. Procuradores da República, por exemplo, podem propor ações de improbidade administrativa.
Sem o foro privilegiado, FHC poderá ser processado penal e civilmente em qualquer comarca do país. Ou seja, estaria sujeito à ação de juízes e promotores de primeira instância.
O PT não admitirá publicamente ainda que está negociando o foro privilegiado com FHC. Mas um de seus dirigentes disse à Folha que considera justo o pedido.
Desde quando Ciro Gomes (PPS) virou uma onda e uma ameaça aos olhos de FHC, ele passou a se equilibrar entre Serra e Lula. Ao mesmo tempo em que dá declarações, como a de que não é preciso diploma para ser presidente, num contraponto a uma crítica de Serra a Lula, FHC tenta socorrer o tucano, como hoje, quando participará pela primeira vez de um ato de campanha. O evento será em Minas.
A Folha apurou que FHC chegou a dar a candidatura Serra como inviável quando Ciro disparou nas pesquisas e deixou o tucano num distante terceiro lugar.
O PT também julgou conveniente a aproximação; e Dirceu, autorizado por Lula, negociou o apoio do partido ao novo acordo com o FMI. Foi nesse contexto que FHC dedicou a Lula atenção especial, com um encontro a sós, no dia em que recebeu presidenciáveis no Planalto.
A recuperação de Serra fez FHC recuar. Ele e Dirceu conversaram na terça-feira da semana passada, depois de dois telefonemas trocados na semana anterior, mas combinaram que negariam o contato.
Leia mais no especial Eleições 2002
Nos bastidores, FHC mantém relações com lideranças do PT
da Folha de S.PauloNa reta final da eleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso tem trocado telefonemas com o presidente do PT, o deputado federal José Dirceu (SP). Os dois, porém, combinaram negar para não melindrar José Serra, o presidenciável tucano.
Caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição, FHC quer a garantia de que não será perseguido, com reabertura de investigações sobre atos em seus dois governos. Essa garantia, segundo a Folha apurou, ele já obteve.
Além disso, o presidente negocia com o PT a aprovação do foro privilegiado para ex-autoridades, regra que o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou em 1999.
Hoje, FHC responde penalmente perante o STF. Só o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pode dar início a um pedido de processo penal contra o presidente. No campo civil, FHC responde perante a primeira instância da Justiça Federal. Procuradores da República, por exemplo, podem propor ações de improbidade administrativa.
Sem o foro privilegiado, FHC poderá ser processado penal e civilmente em qualquer comarca do país. Ou seja, estaria sujeito à ação de juízes e promotores de primeira instância.
O PT não admitirá publicamente ainda que está negociando o foro privilegiado com FHC. Mas um de seus dirigentes disse à Folha que considera justo o pedido.
Desde quando Ciro Gomes (PPS) virou uma onda e uma ameaça aos olhos de FHC, ele passou a se equilibrar entre Serra e Lula. Ao mesmo tempo em que dá declarações, como a de que não é preciso diploma para ser presidente, num contraponto a uma crítica de Serra a Lula, FHC tenta socorrer o tucano, como hoje, quando participará pela primeira vez de um ato de campanha. O evento será em Minas.
A Folha apurou que FHC chegou a dar a candidatura Serra como inviável quando Ciro disparou nas pesquisas e deixou o tucano num distante terceiro lugar.
O PT também julgou conveniente a aproximação; e Dirceu, autorizado por Lula, negociou o apoio do partido ao novo acordo com o FMI. Foi nesse contexto que FHC dedicou a Lula atenção especial, com um encontro a sós, no dia em que recebeu presidenciáveis no Planalto.
A recuperação de Serra fez FHC recuar. Ele e Dirceu conversaram na terça-feira da semana passada, depois de dois telefonemas trocados na semana anterior, mas combinaram que negariam o contato.
Leia mais no especial Eleições 2002
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