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Estudantes vão passar mais uma noite na reitoria da UnB
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da Agência Brasil, em Brasília
da Folha Online
Os mais de 100 estudantes que ocupam a reitoria da UnB (Universidade de Brasília) vão passar mais uma noite no prédio, mesmo com a liminar concedida pela Justiça Federal na tarde desta sexta-feira (4) determinando a desocupação.
Os jovens ocupam o local desde a tarde desta quninta-feira (3) para pedir a renúncia do reitor Timothy Mulholland e dos funcionários ligados a ele acusados de usar verbas da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) para comprar móveis de luxo para o apartamento.
Os universitários prometem manter a ocupação do prédio até que o reitor anuncie seu afastamento. Os manifestantes afirmam que foram cortadas a energia e água do edifício onde estão.
"Vamos ficar aqui [no prédio da reitoria] até que a nossa pauta de reivindicações seja atendida. É uma ocupação pacífica, mas queremos que as providências sejam tomadas", afirmou ontem Fabio Felix, do DCE (Diretório Central de Estudantes).
Luz e água
Por volta das 19h desta sexta-feira, o abastecimento de água e luz do prédio que estava suspenso foi restabelecido.
A ordem partiu do próprio Mulholland, de acordo com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Buarque se reuniu com os estudantes por cerca de uma hora e falou por telefone com o reitor.
Ao deixar o prédio, Cristovam Buarque, que é ex-professor e ex-reitor da UnB, disse que espera uma solução negociada para a desocupação, sem necessidade de uso da força policial.
"O reitor fez um gesto correto de retomar o abastecimento de água e luz, era um direito dos estudantes. Agora eles [estudantes] vão fazer uma assembléia para consolidar a pauta de reivindicações e vão sentar para conversar item por item", disse.
Os estudantes formaram uma comissão de negociação que deverá se reunir com representantes da UnB para negociar a saída da reitoria. Até o fim da noite de hoje não havia movimentação policial próximo ao prédio.
De acordo com o senador, que durante o dia conversou por telefone com representantes do Ministério da Justiça, a Polícia Federal estaria disposta a dialogar com os alunos antes de cumprir a ordem judicial de retirada.
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