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02/10/2002
-
15h29
da Folha Online
A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que disputa a reeleição, teve uma atitude singular nesta campanha: ao contrário da maioria dos políticos, que fazem de tudo para aparecer na TV, ela abriu mão de seu espaço no horário político.
A decisão de Erundina foi motivada por uma questão ideológica: ela foi contrária ao lançamento do nome de Anthony Garotinho como candidato à Presidência pelo PSB e decidiu ficar fora do programa eleitoral para marcar sua posição.
A ex-prefeita de São Paulo lidera um grupo do partido que avalia que Garotinho tem se voltado muito mais para o público evangélico do que para os eleitores de esquerda, descaracterizando os ideais do PSB (Partido Socialista Brasileiro).
"É claro que isso dificultou muito a minha campanha, porque perdemos um espaço importante, mas eu estou tranquila: nunca tomei minhas decisões políticas me baseando em cálculos eleitorais", diz Erundina.
A deputada diz que muitos eleitores tem reclamado que não sabem o número do registro da candidatura dela. "Estamos tentando resolver este problema distribuindo santinhos e fazendo corpo-a-corpo na periferia".
Ela tem outra atitude que se diferencia da maior parte dos candidatos: não reclama da falta de recursos para a campanha. "Não tivemos espaço na TV e nem conseguimos outdoors, mas mesmo assim acreditamos na vitória".
Campanha presidencial
Apesar de ter abandonado o PT em 1997, Erundina vem defendendo desde o início do ano a formação de uma aliança em torno do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de voto.
"Eu esperava que a união das forças de oposição pudesse ocorrer ainda no primeiro turno, mas já que isso não foi possível, tenho certeza que estaremos todos juntos a partir da próxima segunda-feira", diz Erundina.
Nesta quarta-feira, ela já declarou oficialmente seu apoio ao candidato do PT ao governo de São Paulo, José Genoino. Apesar disso, Erundina descarta uma volta ao partido: "Posso ajudar o PT mesmo estando fora do partido".
Leia mais:
Erundina contraria PSB e anuncia apoio a Genoino para o governo SP
Veja também o especial Eleições 2002
Sem espaço na TV, Erundina quer garantir eleição no corpo-a-corpo
FÁBIO PORTELAda Folha Online
A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que disputa a reeleição, teve uma atitude singular nesta campanha: ao contrário da maioria dos políticos, que fazem de tudo para aparecer na TV, ela abriu mão de seu espaço no horário político.
A decisão de Erundina foi motivada por uma questão ideológica: ela foi contrária ao lançamento do nome de Anthony Garotinho como candidato à Presidência pelo PSB e decidiu ficar fora do programa eleitoral para marcar sua posição.
A ex-prefeita de São Paulo lidera um grupo do partido que avalia que Garotinho tem se voltado muito mais para o público evangélico do que para os eleitores de esquerda, descaracterizando os ideais do PSB (Partido Socialista Brasileiro).
"É claro que isso dificultou muito a minha campanha, porque perdemos um espaço importante, mas eu estou tranquila: nunca tomei minhas decisões políticas me baseando em cálculos eleitorais", diz Erundina.
A deputada diz que muitos eleitores tem reclamado que não sabem o número do registro da candidatura dela. "Estamos tentando resolver este problema distribuindo santinhos e fazendo corpo-a-corpo na periferia".
Ela tem outra atitude que se diferencia da maior parte dos candidatos: não reclama da falta de recursos para a campanha. "Não tivemos espaço na TV e nem conseguimos outdoors, mas mesmo assim acreditamos na vitória".
Campanha presidencial
Apesar de ter abandonado o PT em 1997, Erundina vem defendendo desde o início do ano a formação de uma aliança em torno do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de voto.
"Eu esperava que a união das forças de oposição pudesse ocorrer ainda no primeiro turno, mas já que isso não foi possível, tenho certeza que estaremos todos juntos a partir da próxima segunda-feira", diz Erundina.
Nesta quarta-feira, ela já declarou oficialmente seu apoio ao candidato do PT ao governo de São Paulo, José Genoino. Apesar disso, Erundina descarta uma volta ao partido: "Posso ajudar o PT mesmo estando fora do partido".
Leia mais:
Veja também o especial Eleições 2002
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