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"Não sou bode expiatório nem James Bond", diz Álvaro Dias
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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse hoje que o governo federal não vai achar na oposição um bode expiatório para o caso do dossiê sobre gastos da administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardos.
Afirmando que não é "James Bond" para burlar a vigilância e ter acesso a arquivos sigilosos do Palácio do Planalto, Álvaro Dias disse, em Curitiba, que o governo tenta desviar o foco do escândalo para encontrar culpados no bloco de oposição.
"Acho que o governo procura um [bode expiatório], mas dificilmente encontrará na oposição. O dossiê existe, ele foi elaborado lá no Palácio do Planalto e só alguém que convive no palácio teria condições de vazá-lo para fora. Não há James Bond aqui", disse Dias.
Sobre a fonte que mostrou o dossiê ao senador, informação que o colocou como um dos suspeitos de terem divulgado os papéis, Dias voltou a invocar o direito de não revelá-la.
O senador recorreu ao caso Watergate, que nos anos 70 culminou com a renúncia do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, após uma série de reportagens do jornal "Washington Post" sobre espionagem de adversários políticos, baseadas em fonte anônima batizada de "Garganta Profunda".
Para Dias, está confirmado que o dossiê existe. Ele afirmou que, em fevereiro, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse em encontro empresarial em São Paulo que o governo "não iria apanhar quieto pois tinha bala na agulha" para exibir na CPI dos Cartões Corporativos contra o governo FHC.
"Logo em seguida o jornal 'O Estado de S. Paulo' divulgou em manchete que o governo estava preparando um dossiê sobre contas do governo passado. E ao mesmo tempo lá no Congresso Nacional a liderança do governo aparecia com muita segurança para propor a instalação da CPI. São coincidências que confirmam a existência do dossiê no Palácio do Planalto", afirmou o senador tucano.
Dias disse que não sente ter tido a imagem abalada, dentro ou fora do PSDB, depois de ter confirmado acesso ao dossiê após o assunto ter sido divulgado na revista "Veja".
"Estou cumprindo o meu dever de denunciar o que é ilegal, o que é ilícito, o que é corrupção, o que é arbitrariedade. Pelo fato de eu denunciar, revelar, não posso ser condenado nunca. Não há ninguém dentro do partido que possa me recriminar por ter tido a atitude correta", disse o senador.
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"Segundo o parecer da Procuradoria, "com exceção das imputações feitas nas referidas representações --imputações que não se confirmaram-- não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ministro da Justiça Tarso Genro e do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, nos fatos noticiados, nenhuma prova de que partiu da primeira a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão dos demais na apuração dos fatos". "
Tá bom, vou fazer de conta que eu acredito.
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Só espero que o senado barre essa aquisição do TCU. Se for eleição 50% + 1 ela tá dentro, mas se tiver que ser 2/3 do senado, temos alguma chance para que isso não ocorra.
Prefiro o Múcio, pois não é fiel a ninguém, só a ele mesmo e assim alguma falcatrua sempre sobra e nós ficamos sabendo e podemos pressionar, com a Eunice isso não aocnteceria, apenas o que fosse oposição, o que fosse da casa seria suprimido.
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