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1ª CPI dos Cartões ouve hoje diretor-geral da Abin e Matilde Ribeiro
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da Folha Online
A CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos deve ouvir hoje o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, e a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial). Matilde renunciou ao cargo em 1º de fevereiro após admitir o uso irregular do cartão corporativo do governo.
"Assumo o erro administrativo no uso do cartão. Os fatos partiram da dificuldade com deslocamento e hospedagem fora de Brasília", disse ela na ocasião. "Foi um erro administrativo que pode e deve ser corrigido."
Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$ 171 mil. Desse total, ela gastou R$ 110 mil com o aluguel de carros e mais de R$ 5.000 em restaurantes.
Um dos gastos considerados suspeitos foi o pagamento de uma conta de R$ 461,16 em um free shop. A assessoria da ex-ministra disse que ela usou o cartão corporativo por engano e que já teria devolvido o montante para os cofres públicos.
Ao tentar justificar o uso indevido do cartão, Matilde disse que foi mal orientada por dois funcionários da secretaria. "Não estou arrependida. Fui orientada a usar o cartão", disse ela, afimando depois que esses funcionários já foram demitidos.
Matilde atribuiu parte do problema do uso irregular do cartão à falta de estrutura da pasta. No entanto, ela fez questão de destacar que outros ministros também erraram. "Este erro não foi cometido exclusivamente por mim."
A CGU (Controladoria-Geral da União) determinou em março que ela restitua imediatamente R$ 2.920,15 aos cofres públicos. Desse montante, a CGU informa que a ex-ministra já devolveu R$ 2.815,35.
A CGU concluiu que dos R$ 171.556,09 gastos pela ex-ministra com o cartão corporativo em 2007, R$ 22.405,87 não foram suficientemente justificados até o momento.
Matilde deverá explicar à CGU o pagamento de R$ 19.245,00 a motoristas por horas extras e documentos comprobatórios do recolhimento de R$ 240,72 --correspondente ao valor pago a maior à empresa Localiza, em decorrência de erro em duas faturas de locação de veículos.
CPI
Ontem, a CPI ouviu os ministros Jorge Félix (Segurança Institucional) e Orlando Silva (Esporte). Félix disse que parte dos gastos da Presidência da República com os suprimentos de fundos --que incluem os cartões-- devem ser mantidos sob sigilo por questões de segurança nacional.
Na opinião de Félix, os gastos da Presidência da República devem ser mantidos em sigilo para evitar que dados de segurança nacional sejam vazados e prejudiquem a segurança do presidente.
"É evidente que existe ameaça [ao presidente]. Se não [houvesse], não haveria a necessidade de montarmos um sistema de segurança. Para cada caso e cada informação que nos chega, fazemos avaliação de risco. Agora, tudo aquilo que na nossa visão possa contribuir para aumentar esse risco, deve ser considerado sim sigiloso", disse.
Orlando Silva (Esportes) negou nesta terça-feira que tenha usado os cartões de pagamento do governo para despesas pessoais. Silva disse que seus gastos apontados como "irregulares" foram realizados em compromissos oficiais do ministério. Mas reiterou que a compra de uma tapioca de R$ 8,30 com o cartão corporativo ocorreu por "engano".
Silva disse que, no episódio da tapioca, o Ministério dos Esportes constatou a irregularidade no uso do cartão em dezembro do ano passado, antes da notícia ser divulgada publicamente. Por este motivo, disse que já havia "recolhido" (devolvido) o valor à pasta.
"O uso do cartão em Brasília foi detectado pelo controle interno do ministério. Por um engano do uso do cartão pessoal, utilizei o cartão aqui em Brasília, o que não pode ocorrer porque o cartão não pode ser usado em Brasília. Houve o recolhimento de R$ 8,30. Muito antes de qualquer notícia sobre esse assunto, no dia 29 de dezembro de 2007 foi feito o recolhimento. Aliás, me causou estranheza que as notícias ocultaram o recolhimento", afirmou.
Nesta quinta-feira serão ouvidos o ministro Altemir Gregolin (Pesca) e o ex-ministro do Gabinete da Segurança Institucional Alberto Cardoso --que atuou na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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