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10/04/2008 - 11h19

Ex-ministro de Segurança Institucional diz que sigilo da Presidência não deve ser eterno

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O general Alberto Cardoso, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), afirmou hoje em depoimento à CPI dos Cartões Corporativos que o sigilo de gastos da Presidência da República com os cartões não deve ser "eterno". No entanto, ele defendeu que os gastos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sejam mantidos em sigilo, assim como parte dos gastos com a segurança do presidente.

"Esse sigilo não é eterno, a necessidade dele não é eterna, é necessário em uma atividade mas haverá um instante, passado o tempo, em que não haverá mais necessidade desse sigilo. É por isso que esses arquivos estarão à disposição de historiadores", afirmou.

Na opinião do ex-ministro, é preciso ter cautela na seleção dos gastos que devem ser divulgados e aqueles que precisam ser mantidos em segredo.

"O risco é se trocar o princípio da publicidade pela exceção [do sigilo], há ameaça de se banalizarem as exceções. O general Jorge Félix [atual ministro de Segurança Institucional] foi muito feliz quando disse que cada caso deve ser acompanhado como um caso específico, e não diretamente enquadrado na exceção", afirmou.

Segundo o general, há situações em que a manutenção dos sigilos dos gastos é "crucial" para garantir a segurança do presidente da República. "Todo o sigilo da Abin eu recomendo que seja mantido. Eu também deixaria como sigilosas todas as contas do serviço de inteligência. As contas que dizem respeito à segurança do presidente da República, caberia analisar e concluir quais despesas deveriam continuar sigilosas", disse.

Esvaziamento

A exemplo desta quarta-feira, a oposição mantém hoje o esvaziamento ao depoimento do general Cardoso na estratégia de enfraquecer as investigações da CPI mista (com deputados e senadores). Senadores do DEM e PSDB vão cobrar investigações mais rigorosas na nova CPI dos Cartões Corporativos exclusivamente do Senado, onde esperam que terão maior equilíbrio de forças com os governistas.

A oposição também quer investigar o vazamento de informações da Casa Civil que deu origem ao dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique. A presidente da CPI mista, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), disse hoje esperar que o inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar o dossiê contribua para as investigações da comissão.

"As pessoas não se deram conta da gravidade do fato. O inquérito é dentro da Casa Civil, o coração do governo", afirmou.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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