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23/04/2008 - 21h17

Jobim diz que críticos da política indigenista são influenciados pela cultura norte-americana

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro Nelson Jobim (Defesa) reiterou nesta quarta-feira que está superada e encerrada a crise causada pelas críticas do comandante Militar da Amazônia, general Augusto Heleno -- que condenou a política a indigenista no país. De acordo com o ministro, o governo e o Congresso não devem interferir na polêmica em torno da demarcação na reserva Raposa/Serra do Sol, no Norte de Roraima porque o caso está no STF (Supremo Tribunal Federal).

Irônico, Jobim disse que várias das críticas feitas em relação à demarcação de terras indígenas ocorrem por "desconhecimento" e influência da cultura norte-americana, na qual os índios são proprietários dos territórios ocupados por eles, o que não ocorre no Brasil.

"Temos de racionar a partir do nosso sistema e não dos outros. Aqui [no Brasil] terra indígena é de usufruto do índio", afirmou o ministro, lembrando que a União é que detém a propriedade sobre as terras indígenas. "O tema [Raposa/Serra do Sol] está no Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Executivo e ao Legislativo emitirem opiniões", disse ele.

A controvérsia sobre a demarcação de forma contínua da reserva ganhou mais força na semana passada. O general Heleno criticou a política indigenista brasileira chamando-a de "caótica" e antes disso o STF suspendeu a operação da Polícia Federal na região que é disputada por índios e produtores de arroz.

Em decorrência da repercussão causada pelas declarações de Heleno, o presidente cobrou de Jobim e do comandante do Exército, Enzo Peri, que exigissem explicações do general. Na última sexta-feira, Jobim e Enzo se reuniram com Heleno. Após a conversa, houve apenas a informação de que o assunto estava encerrado.

Nesta quarta-feira, Jobim repetiu a informação. "Este é um assunto superado e encerrado", afirmou o ministro, respondendo à questão sobre a polêmica causada pelas críticas de Heleno.

 

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