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06/10/2002 - 18h56

Zé Maria (PSTU) quer adesão de esquerda contrária ao PT

LEONARDO WERNER
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O candidato à Presidência da República pelo PSTU, José Maria de Almeida, 45, disse que, após as eleições, o partido espera conseguir a adesão de parte da esquerda petista contrária a bandeiras do programa de governo de Lula _como as promessas de respeito aos acordos com o FMI e de pagamento da dívida externa, para formar o que chamou de "um partido socialista grande".

De acordo com Zé Maria, como é conhecido, o partido "ocuparia o lugar que o PT ocupou nos últimos anos e que infelizmente vem abandonando por opções políticas". O PSTU nasceu como dissidência do PT.

O candidato votou ontem em Belo Horizonte às 10h15, na Escola Estadual Celso Machado (36ª zona eleitoral), no bairro Milionários _zona oeste. Ele afirmou que o partido não deverá apoiar nenhum candidato em um eventual segundo turno das eleições presidenciais. "Nós [o PSTU] ainda não tomamos posição para o segundo turno, mas com certeza não vai haver apoio político nenhum", disse.

O partido deverá se reunir no final desta semana para oficializar sua posição a partir do resultado do primeiro turno. Zé Maria voltou ontem mesmo a São Paulo para acompanhar a contabilização dos votos na sede do partido.

O candidato do PSTU se disse satisfeito com o "espaço político" conquistado pelo partido nas eleições deste ano. Se confirmada a previsão das pesquisas eleitorais, que o colocavam na casa do 1%, o desempenho de Zé Maria nas urnas será quase três vezes superior ao que teve em 1998, quando também disputou a Presidência da República. Na ocasião, recebeu cerca de 200 mil votos, o que corresponde a 0,3% do total.

Nas últimas semanas foi levantada a possibilidade de Zé Maria renunciar em favor de uma vitória petista no primeiro turno. No entanto, a idéia foi refutada pelo candidato. "Se o Lula precisou de votos no primeiro turno, deveria ter ido pedi-los a Orestes Quércia ou a José Sarney."

Ele disse também que o apoio ao PT não foi dado porque o partido "abandonou de forma completa as bandeiras da esquerda brasileira para conseguir resultados eleitorais".

Zé Maria foi expulso do PT em 1992 por ter sido considerado muito radical. Em 1994, juntamente com dissidentes petistas, fundou o PSTU.

Hoje, preside o partido e é um dos articuladores da campanha nacional
contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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