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06/10/2002
-
21h22
A eleição para o Senado no Rio foi marcada pela derrota de Leonel Brizola (PDT), 80, político de atuação marcante na história brasileira recente, e pela provável ascensão de Marcelo Crivella (PL), 44, um estreante ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Às 20h30, com 27,3% dos votos apurados, Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, estava com 9,6% dos votos válidos, na quinta colocação. Essa posição, apesar de ainda ser parcial, confirmava o que as pesquisas de opinião do Datafolha e do Ibope mostraram no sábado.
O líder do PDT estava atrás ainda de outro veterano da política, Artur da Távola (PSDB), 66, líder do governo no Senado que tentava a reeleição e que, até o fechamento desta edição, ainda disputava com Crivella a segunda vaga no Senado. As pesquisas anteriores à votação, no entanto, davam ao candidato do PL uma diferença segura sobre Távola.
A primeira vaga para o Senado, segundo a apuração parcial do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), estava garantida para o deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PMDB), 39.
Hoje, logo após votar, Brizola dava sinais de que já teria jogado a toalha: "Quando optei pela democracia, eu sabia que se perde e se ganha.
Tenho perdido e ganho muitas eleições. Mas o PDT e o Brizola são plantas do deserto. Basta um gota de orvalho e já reverdejamos. Deixa pensarem que somos cachorros mortos. Sou de uma geração que vai durar 110 anos. Nos últimos dez vou descansar, mas até os cem anos vou estar aí, andando para frente, de bem com a vida."
A derrota de Brizola, que em 2000 já havia perdido a disputa pela Prefeitura do Rio, simboliza o que pode ser o fim de uma era. Nos últimos 20 anos, os mais importantes quadros políticos do Estado tiveram sua origem no que se convencionou chamar de "brizolismo".
De 1982 até 2000, foram realizadas 10 eleições para o governo do Estado e para a prefeitura da capital. Em cinco ocasiões, o PDT de Brizola saiu vitorioso. Em outras três, foram eleitos políticos que surgiram do "brizolismo" mas que haviam rompido com o ex-líder, como Marcello Alencar (PSDB) e Cesar Maia (PFL).
ACOMPANHE a apuração em tempo real
Leia mais no especial Eleições 2002
No Rio, eleição para o Senado é marcada pela derrota de Brizola
da Folha de S.Paulo, no RioA eleição para o Senado no Rio foi marcada pela derrota de Leonel Brizola (PDT), 80, político de atuação marcante na história brasileira recente, e pela provável ascensão de Marcelo Crivella (PL), 44, um estreante ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Às 20h30, com 27,3% dos votos apurados, Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, estava com 9,6% dos votos válidos, na quinta colocação. Essa posição, apesar de ainda ser parcial, confirmava o que as pesquisas de opinião do Datafolha e do Ibope mostraram no sábado.
O líder do PDT estava atrás ainda de outro veterano da política, Artur da Távola (PSDB), 66, líder do governo no Senado que tentava a reeleição e que, até o fechamento desta edição, ainda disputava com Crivella a segunda vaga no Senado. As pesquisas anteriores à votação, no entanto, davam ao candidato do PL uma diferença segura sobre Távola.
A primeira vaga para o Senado, segundo a apuração parcial do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), estava garantida para o deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PMDB), 39.
Hoje, logo após votar, Brizola dava sinais de que já teria jogado a toalha: "Quando optei pela democracia, eu sabia que se perde e se ganha.
Tenho perdido e ganho muitas eleições. Mas o PDT e o Brizola são plantas do deserto. Basta um gota de orvalho e já reverdejamos. Deixa pensarem que somos cachorros mortos. Sou de uma geração que vai durar 110 anos. Nos últimos dez vou descansar, mas até os cem anos vou estar aí, andando para frente, de bem com a vida."
A derrota de Brizola, que em 2000 já havia perdido a disputa pela Prefeitura do Rio, simboliza o que pode ser o fim de uma era. Nos últimos 20 anos, os mais importantes quadros políticos do Estado tiveram sua origem no que se convencionou chamar de "brizolismo".
De 1982 até 2000, foram realizadas 10 eleições para o governo do Estado e para a prefeitura da capital. Em cinco ocasiões, o PDT de Brizola saiu vitorioso. Em outras três, foram eleitos políticos que surgiram do "brizolismo" mas que haviam rompido com o ex-líder, como Marcello Alencar (PSDB) e Cesar Maia (PFL).
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