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08/10/2002 - 06h18

"Eu carregaria todos; era o que nós queríamos", diz Enéas

ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo

Enéas Ferreira Carneiro, 63, conseguiu não só uma marca recorde na história do país em uma disputa para deputado federal. Ele atingiu uma meta "planejada" para levar fundadores do partido a Brasília.

O cardiologista disse que gastou entre R$ 60 mil e R$ 80 mil na campanha. Sugeriu a hipótese de apoiar algum dos candidatos à Presidência no segundo turno. No primeiro, toda a diretoria do Prona defendeu a anulação do voto para o cargo:

Pergunta - O Prona vai apoiar quem no segundo turno?
Enéas - Os diretores do Prona anularam o voto para Presidência. Agora vamos estudar o cenário. Nada está definido.

Pergunta De que forma?
Enéas - Estudar. Nós sempre estudamos o cenário a cada instante. O que os senhores viram foi planejado há um ano, com uma reunião de toda a Executiva Nacional. Tudo estava previsto. Decidiu-se que só participariam da chapa de federal indivíduos da Executiva Nacional e fundadores para evitar que, se fossem eleitos, saíssem depois. Seriam pessoas de absoluta confiança.

Pergunta - Como o sr. avalia deputados que tiveram menos de 300 votos?
Enéas - Não tinha para nós a menor importância. Era o grupo fundador. Eu carregaria todos. Era o que nós queríamos.

Pergunta - Qual será o projeto agora?
Enéas - Brasil, Estado nacional soberano, contrário a privatizações, a essa educação de faz-de-conta, queremos um sistema de ensino que os mais velhos tiveram, que o Brasil pare de pagar juros extorsivos.

Pergunta - O sr. considera que os deputados federais eleitos pelo Prona em São Paulo são representantes do Estado, já que a maioria não é daqui?
Enéas - Eles representam o pensamento da população brasileira, que tem a maior parte dela representada em São Paulo. O Brasil é um só. Eu tenho orgulho hoje de esse resultado ter sido por São Paulo. Poderia ser em qualquer Estado.

Pergunta - Dos candidatos à Presidência, qual o sr. admira?
Enéas - Não acredito no que eles dizem. Agora, haverá um segundo turno. Talvez eu tenha que tomar uma posição. Eu e nosso grupo. É preciso que exista um mínimo de compromisso com a nação. Nós vamos procurar ver se encontramos esse mínimo em algum deles.

Pergunta - O que o sr. diz para quem costuma falar que a sua vitória é um voto de protesto?
Enéas - Digo que fui primeiro lugar no primário, primeiro lugar no exame de admissão, primeiro lugar em todas as séries do ginásio, primeiro lugar no vestibular de medicina. Chega. Minha votação foi maior do que qualquer outra da história do país, sem pedir nada, sem abraço hipócrita, sem bater palma para jornalista.
 

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