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09/10/2002
-
12h54
ANA PAULA GRABOIS
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online
Três dias após o primeiro turno das eleições, o quadro político da sucessão presidencial vai ficando cada vez mais claro. Hoje, tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto José Serra (PSDB) ampliaram suas alianças eleitorais.
Lula recebeu a declaração de apoio de Anthony Garotinho, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, com 15 milhões de votos. O partido dele, o PSB, também fechou com a candidatura do petista.
Já na campanha de José Serra, a principal conquista do dia foi o apoio do PFL. A cúpula do partido se reuniu em Brasília para definir seu posicionamento no segundo turno e decidiu recomendar voto no tucano.
No dois casos, entretanto, os apoios foram feitos com ressalvas. Antigas divergências políticas impediram tanto o PSB quanto o PFL de fecharem o apoio de forma incondicional.
No caso de Garotinho, ele disse que apóia Lula, mas se recusa a subir no mesmo palanque que os integrantes do PT do Rio de Janeiro, como a governadora Benedita da Silva, por exemplo.
Os dois, que se elegeram pela mesma chapa em 1998, romperam politicamente e se tornaram adversários diretos na política fluminense. Neste ano, a mulher de Garotinho, Rosinha, venceu Benedita na disputa pelo governo estadual.
'Nós não vamos subir no palanque onde estiver o PT do Rio', disse Garotinho hoje, acrescentando que iria preparar palanques próprios do PSB para receber Lula em comícios durante a campanha do segundo turno.
Já o PFL, que hoje decidiu recomendar o voto em José Serra, foi obrigado a liberar todos os seus filiados que não concordarem com a decisão para apoiarem Lula contra o tucano.
A medida foi necessária para evitar um racha, já que importantes líderes regionais do partido, como Antônio Carlos Magalhães (BA) e Roseana Sarney (MA) se recusam a pedir votos para o candidato tucano.
O próprio presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC) evitou dizer se iria trabalhar ativamente na campanha de Serra. Essa tarefa deve ficar com o vice-presidente Marco Maciel (PE), pefelista mais próximo ao PSDB.
Ciro Gomes
Ontem, Lula havia saído na frente na composição de novas alianças e garantiu a adesão à sua candidatura de Ciro Gomes (PPS), que ficou em quarto na eleição presidencial, com mais de 10 milhões de votos.
"O apoio é irrestrito e entusiástico à candidatura de Lula, a despeito de termos tido diferenças no primeiro turno. Agora não é hora de ressaltar as divergências que tivemos", disse Ciro, ao lado do presidente do PPS, senador Roberto Freire.
PMDB dividido
O PMDB, que faz parte da chapa de Serra e indicou a candidata a vice, Rita Camata, está enfrentando problemas para manter a união interna nesta reta final de campanha.
Embora a maioria do partido continue com Serra, muitos líderes regionais já declararam que vão votar em Lula, como Maguito Vilela (GO), Roberto Requião (PR), Orestes Quércia (SP), Paes de Andrade (CE) e Luiz Henrique (SC).
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Garotinho declara apoio a Lula; PFL recomenda voto em Serra
FÁBIO PORTELAANA PAULA GRABOIS
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online
Três dias após o primeiro turno das eleições, o quadro político da sucessão presidencial vai ficando cada vez mais claro. Hoje, tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto José Serra (PSDB) ampliaram suas alianças eleitorais.
Lula recebeu a declaração de apoio de Anthony Garotinho, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, com 15 milhões de votos. O partido dele, o PSB, também fechou com a candidatura do petista.
Já na campanha de José Serra, a principal conquista do dia foi o apoio do PFL. A cúpula do partido se reuniu em Brasília para definir seu posicionamento no segundo turno e decidiu recomendar voto no tucano.
No dois casos, entretanto, os apoios foram feitos com ressalvas. Antigas divergências políticas impediram tanto o PSB quanto o PFL de fecharem o apoio de forma incondicional.
No caso de Garotinho, ele disse que apóia Lula, mas se recusa a subir no mesmo palanque que os integrantes do PT do Rio de Janeiro, como a governadora Benedita da Silva, por exemplo.
Os dois, que se elegeram pela mesma chapa em 1998, romperam politicamente e se tornaram adversários diretos na política fluminense. Neste ano, a mulher de Garotinho, Rosinha, venceu Benedita na disputa pelo governo estadual.
'Nós não vamos subir no palanque onde estiver o PT do Rio', disse Garotinho hoje, acrescentando que iria preparar palanques próprios do PSB para receber Lula em comícios durante a campanha do segundo turno.
Já o PFL, que hoje decidiu recomendar o voto em José Serra, foi obrigado a liberar todos os seus filiados que não concordarem com a decisão para apoiarem Lula contra o tucano.
A medida foi necessária para evitar um racha, já que importantes líderes regionais do partido, como Antônio Carlos Magalhães (BA) e Roseana Sarney (MA) se recusam a pedir votos para o candidato tucano.
O próprio presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC) evitou dizer se iria trabalhar ativamente na campanha de Serra. Essa tarefa deve ficar com o vice-presidente Marco Maciel (PE), pefelista mais próximo ao PSDB.
Ciro Gomes
Ontem, Lula havia saído na frente na composição de novas alianças e garantiu a adesão à sua candidatura de Ciro Gomes (PPS), que ficou em quarto na eleição presidencial, com mais de 10 milhões de votos.
"O apoio é irrestrito e entusiástico à candidatura de Lula, a despeito de termos tido diferenças no primeiro turno. Agora não é hora de ressaltar as divergências que tivemos", disse Ciro, ao lado do presidente do PPS, senador Roberto Freire.
PMDB dividido
O PMDB, que faz parte da chapa de Serra e indicou a candidata a vice, Rita Camata, está enfrentando problemas para manter a união interna nesta reta final de campanha.
Embora a maioria do partido continue com Serra, muitos líderes regionais já declararam que vão votar em Lula, como Maguito Vilela (GO), Roberto Requião (PR), Orestes Quércia (SP), Paes de Andrade (CE) e Luiz Henrique (SC).
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