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Marina nega intenção de constranger Lula e objetivo de sair como "heroína"
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A ex-ministra Marina Silva (Meio Ambiente) disse nesta quinta-feira que não deixou o governo magoada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela saiu em defesa de Lula ao negar que o presidente tenha como prioridade o desenvolvimento do país em detrimento das políticas ambientais.
Marina disse que, se o seu objetivo fosse sair como "heroína", teria deixado o cargo durante os embates com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para a concessão de licenças ambientais na construção de hidrelétricas do rio Madeira --que estão entre as principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"Naquele momento eu poderia sair como heroína, mas em nenhum momento o presidente Lula disse para conceder as licenças ambientais para as hidrelétricas de qualquer jeito. É claro que houve o tensionamento de setores, mas ele não disse que queria as coisas de qualquer jeito. Se eu saísse naquele momento, seria uma injustiça, ficaria a impressão de que ele estava passando por cima de mim", enfatizou.
A ex-ministra disse que, apesar de não pedir pessoalmente ao presidente para deixar o governo, deixou claro na carta de demissão o tom "respeitoso" com que se dirigiu a Lula. Marina disse que seu objetivo não foi constranger o presidente ao sair do ministério em meio ao embate com os ministros da chamada "ala desenvolvimentista". "Eu aguardei para fazer isso. Não foi em hipótese alguma [para constranger o presidente], foi da forma respeitosa como eu sempre fui."
Na terça-feira, quando Marina deixou o cargo, Lula não escondeu a irritação com o fato de a então ministra ter encaminhado sua carta de demissão ao Palácio do Planalto sem justificar-se previamente.
Interlocutores de Lula ainda tentaram reverter a decisão de Marina, mas na carta ela deixou claro que seu afastamento era de "caráter irrevogável". O presidente chegou a convidar o ex-governador Jorge Viana (PT-AC) para substituí-la no cargo, mas diante de sua negativa fez o convite para o secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc.
A expectativa é que Minc assuma o cargo na semana que vem. Marina disse que vai retornar ao Senado disposta a lutar pelas questões ambientais, a exemplo da postura que manteve no ministério.
"Encerramos um ciclo de continuar por continuar, temos que fazer com que as coisas avancem e que o Minc tenha boa sorte. Da tribuna do Senado, vou estar ajudando. O ministro, pela biografia que tem, será capaz de mantê-lo [o ministério] vivo e fazê-lo crescer."
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A empresa enviou do Paraná para os EUA, 250 milhões de pinheiros da espécie araucária documentados, chegando a 750 milhões de forma ilegal.
Em Santa Catarina o norte-americano mandou para os EUA 800 milhões de árvores.
A conseqüência dessa colonização estrangeira foi a guerra do contestado de 1912 a 1916.
Fonte: Wikipédia - Destino Manifesto
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