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Coronel do Exército ajudou arrozeiros na Raposa/Serra do Sol, diz PF
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LUCAS FERRAZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Para a Polícia Federal há indícios de que um coronel da reserva do Exército ajudou arrozeiros --liderados pelo produtor e prefeito de Pacaraima (RR), Paulo César Quartiero (DEM)-- a atacarem indígenas favoráveis à retirada de não-índios da reserva Raposa/Serra do Sol (RR). A PF também identificou dois pistoleiros do Pará que participaram diretamente da ação, ocorrida no último dia 5, que feriu nove índios.
A polícia suspeita que o coronel da reserva Gélio Augusto Fregapani e que outros dois militares (que não foram identificados) atuaram na logística de resistência dos arrozeiros, evidenciada pela tática de guerrilha usada no episódio.
Segundo policiais, as 149 bombas encontradas na Fazenda Depósito, propriedade de Quartiero, foram produzidas com o auxílio de militares.
Há a suspeita de que Gélio Fregapani preste serviço "técnico" à Associação dos Rizicultores de Roraima. O coronel é ex-funcionário concursado da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Em 2005, ele produziu para a Abin relatório em que ataca a demarcação contínua. "É evidente o interesse estrangeiro na demarcação contínua", escreveu Fregapani.
"Temos indícios [da participação dos militares], estamos atrás de provas que confirmem a ajuda deles na guerrilha de Quartiero", disse à Folha o delegado Fernando Segóvia, responsável pela Operação Upatakon 3, iniciada em março para retirar não-índios da reserva.
O STF suspendeu a operação e deve julgar o mérito das ações até meados de junho.
O relatório assinado por Fregapani, conta Segóvia, reforça a suspeita de sua ligação com arrozeiros. Já os pistoleiros contratados por Quartiero tiveram participação direta no ataque, diz a PF. Eles estão foragidos. A PF mantém sigilo sobre nomes e local onde atuavam.
Quartiero nega que os arrozeiros da reserva receberam ajuda de militares e a contratação de pistoleiros do Pará. "Isso é folclore, é ilação." Porém, se disse amigo de Fregapani.
A reportagem ligou para celular e casa de Fregapani, em Brasília, mas não conseguiu localizá-lo. Procurada, a Abin não quis se manifestar. À Folha o Exército disse não haver "envolvimento de militares".
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A ambição por terras e o melhor negócio que existe, não precisa plantar nas terras é consegui-las, sendo esse o principal objetivos dos índios e dos fazendeiros, depois vem o negocio para quem trabalha é honesto e desenvolve a terra.
Para esse vai sobrar a oportunidade de arrendar essas terras, comprar essa terras de Índios e Fazendeiros e outros oportunistas e tirar o lucro que a terra pode propiciar.
Interessante ninguem fala que os sem terra daquela região que estão lá a mais de 20 anos estão produzindo, tantas toneladas de Arroz, de Soja de feijão, de milho.
Ninguem fala isso que os Índios tambem estão produzindo o mesmo nas terras que ganharão de presente da União, ninguem fala nada e todos querem as terras os objetivos são divernos!
O primeiro ojjetivo e os bons emprestimos do governo Federal com os Bancos Publicos, já estão por lá o BNDES, e a CEF.
Bem todos querem o principal o cerne sem precisarem trabalhar, depois da valorização vai vir o negocio e o dinheiro da vendo ou do Arrendamento e é claro vai ter uma lei que vai aprovar que os Índios possam vender parte das suas reservas que os assentados do MST, tambem possam vender e assim vai indo.
Apareceu esses dias na TV que assentados a mais de dois anos não conseguiam produzir nada e olhem que tem o MST por traz de tudo.
Muitos já venderam os lotes.
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