Publicidade
Publicidade
Corregedor retira representação contra Moraes por atraso em caso Paulinho
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), retirou nesta terça-feira do Conselho de Ética da Câmara a representação contra o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), presidente do órgão. Inocêncio havia protocolado representação contra Moraes pela demora na instauração de processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP). Como Moraes instaurou o processo contra Paulinho nesta terça-feira, Inocêncio recuou na decisão de processá-lo.
O corregedor não quis comentar o recuo, mas argumentou que a representação perdeu o sentido com a instauração do processo contra Paulinho. Inocêncio e Moraes trocaram acusações após a decisão do corregedor de processá-lo no Conselho de Ética por não cumprir a determinação de instaurar "imediatamente" o processo contra Paulinho.
Na semana passada, Moraes disse que levaria 15 dias para acatar a representação contra o parlamentar com o objetivo de analisar o processo detalhadamente.
Após as acusações de Inocêncio, o deputado antecipou a instauração do processo em uma semana --o que ocorreu nesta terça-feira. O presidente do Conselho de Ética sustenta que apenas seguiu a "rotina" adotada pelo órgão nos últimos processos por quebra de decoro parlamentar, sem o objetivo de postergar as investigações.
Irritado com o corregedor, Moraes chegou a afirmar que Inocêncio teve como objetivo retirá-lo da presidência do Conselho de Ética para retardar o envio do processo contra Paulinho ao órgão.
"Eu quero saber do Inocêncio por que durante todo esse tempo que [o conselho] não tinha presidente ele se calou? Estava bom para ele, quanto mais tempo demorasse era melhor para ele não levar o processo adiante.'
Relator
O relator das denúncias contra Paulinho no Conselho de Ética, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), disse nesta terça-feira que pretende ouvir o parlamentar na próxima semana. O relator indicou que não pretende prorrogar o prazo de análise e votação do caso que é de 90 dias --prorrogáveis pelo mesmo período.
"As denúncias são sérias", afirmou Piau, evitando indicar se as acusações devem levar à perda de mandato de Paulinho. O processo contra o deputado foi aberto na tarde de hoje, quando começa a contar o prazo para análise do caso no conselho.
Paulinho é acusado de envolvimento no desvio de recursos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), segundo investigações da Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza.
O deputado do PDT negou hoje que pretenda renunciar ao mandato na tentativa de escapar da cassação. Paulinho disse que prestará esclarecimentos ao conselho e provará sua inocência. O parlamentar argumenta que é vítima de "perseguição" por defender propostas de interesse dos trabalhadores.
Leia mais
- Paulinho diz que instauração de processo é ótima oportunidade para se defender
- Relator diz que denúncias são sérias e pretende ouvir Paulinho na próxima semana
- Conselho de Ética abre processo contra Paulinho por quebra de decoro parlamentar
- Paulinho descarta renunciar a mandato para evitar processo na Câmara
- Ministro Ayres Britto é o relator do inquérito contra Paulinho da Força
Livraria da Folha
- Acreditar que todos os políticos são corruptos pode ser armadilha, diz Contardo Calligaris
- Frederico Vasconcelos ensina como investigar governos, empresas e tribunais
- Livro de Eugenio Bucci exibe as entranhas do poder em Brasília
- Livro reúne balanço de bens de políticos
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Este senhor Paulinho da Força, que agor se ve enrolado com BNDES, e com a ONG da sua esposa, foi o mesmo sindicalista que admitiu no programa Opinião Nacional da TV Cultura, que ele havia pedido ao prizidenti Lulla, para vetar o artigo que obrigava as contas dos sindicatos e centrais serem auditadas pelo TCU e o prizidenti vetou.
E o Nobre paralamentar, afirmou que não deveria ser auditado pois era dinheiro do trabalhador e assim não governamental.
Foi quando o Almir Pazzianotto, corrigiu-o lembrando que o dinheiro advinha do IMPOSTO SINDICAL e como o próprio nome diz, IMPOSTO, quer dizer obrigatorio e assim público, passível de ser auditado.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.
SE ELE NÃO QUERIA QUE O DINHEIRO FOSSE AUDITADO, QUAL O MOTIVO QUE ELE TERIA?
SERÁ QUE HÁ A NECESSIDADE DE ESCLARECER MAIS ALGUMA COISA ?
avalie fechar
avalie fechar