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Ex-chefe da Casa Civil do RS pede divulgação de toda conversa com vice de Yeda
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colaboração para Folha Online
O ex-chefe da Casa Civil do governo do Rio Grande do Sul Cézar Busatto pediu, em depoimento à CPI do Detran nesta segunda-feira, que seja divulgada toda a conversa gravada que provocou sua saída do governo. Segundo ele, informações importantes do diálogo foram omitidas.
Busatto foi exonerado no sábado (07), um dia depois de o vice-governador do Estado, Paulo Feijó (DEM), tornar público uma gravação em Bussato diz que o Banrisul, o Detran e o Daer financiam campanhas eleitorais.
"Fui impreciso e, com isso, dei margem a mal-entendidos quando me referi a financiamento de partidos políticos", disse Bussato. Mesmo assim, ele disse qu enão se arrependeu do que disse. "Não há nada de que me arrependa nas palavras que proferi. E as proferi sem saber que elas estavam sendo gravadas e se tornariam públicas para milhões de gaúchos", afirmou. "Fui vítima de uma traição. Recebi uma facada pelas costas, mas sobrevivi e hoje me sinto mais forte."
O ex-chefe da Casa Civil também pediu que seja melhorada a qualidade da gravação. "Quanto mais claro e transparente, maior será a possibilidade de demonstrar a todos os gaúchos e gaúchas que sou um homem público honrado que nada tem a temer."
Ele disse que falou "sem preocupação com a precisão da linguagem". "Fui impreciso e, com isso, dei margem a mal-entendidos quando me referi a financiamento de partidos políticos".
O ex-chefe da Casa Civil afirmou que há várias formas legais e lícitas de financiamento de partidos políticos, mas que seria hipócrita se não considerasse que o atual modelo dá margem a desvios. "Não há como democratizar a política sem enfrentarmos com coragem a questão do financiamento de campanha e o loteamento de cargos nos órgãos públicos."
Sobre a conversa com o vice-governador, Busatto disse que o procurou apenas para aproximá-lo do governo e evitar uma CPI contra o Banrisul. Ele disse que Feijó quer "aniquilar o Estado, desmontar o patrimônio imaterial que é a confiança dos gaúchos e o patrimônio material que é o Banrisul e, confirmado o 'impedimento' da governadora, assumir o governo do Estado".
Expulsão
A Executiva Nacional do DEM está dividida sobre a possibilidade de expulsar Feijó, inimigo declarado da governadora Yeda Crusius (PSDB). Na quarta-feira, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) deve apresentar uma representação sugerindo a expulsão de Feijó.
"O Paulo Feijó fez a coisa por métodos impróprios", afirmou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sem querer informar sua posição sobre o caso. "Não quero me manifestar sobre o assunto até o relator [que ainda será escolhido] concluir o parecer sobre o caso."
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