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CPI do Detran ouve último depoimento sobre supostos desvios no RS
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colaboração para a Folha Online
A CPI do Detran na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul ouve nesta quinta-feira o último depoimento sobre o suposto esquema de desvios de verbas públicas do Departamento Estadual de Trânsito do Estado. Rosana Ferst, irmã do empresário Lair Ferst, ligado ao PSDB e pivô do suposto esquema, deve depor no início da noite.
"A expectativa é que ela venha depor, porque eles têm adotado uma postura de fugir dos depoimentos, apresentando atestados médicos", disse o presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira (PT).
Hoje é o último dia para a CPI ouvir os depoimentos dos suspeitos de envolvimento. Caso Rosana não compareça à sessão, a comissão não poderá mais convocá-la.
Rosana era sócia da empresa Rio del Sur, que, segundo o Ministério Público Federal em Santa Maria (RS), recebeu, em valores atualizados, cerca de R$ 9 milhões de uma fundação contratada pelo Detran, e adquiriu imóveis avaliados em R$ 2,7 milhões, comprados entre setembro de 2004 e março de 2006.
Segundo Pereira, Rosana é considerada uma "laranja" no caso. No entanto, o deputado acredita que ela deve manter seu "direito de silêncio", ou seja, mesmo que compareça à CPI, ela pode não responder às perguntas.
Crise
Nesta quarta-feira, a CPI do Detran divulgou uma planilha que detalha a rota dos pagamentos feitos a empresas suspeitas de participar de desvios no órgão, o que complicaria ainda mais a crise do governo de Yeda Crusius (PSDB).
Segundo o Ministério Público Federal, trata-se de tabela da propina paga entre agosto e outubro do ano passado. Em novembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rodin, que investiga um esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran entre 2003 e 2007. De acordo com a denúncia, havia superfaturamento nos serviços pagos pelo órgão.
O documento divulgado traz os nomes de fundações e empresas que atendiam o Detran, ao lado de colunas de valores recebidos. Uma das colunas mostra, segundo o Ministério Público, o valor mensal com que cada empresa "contribuía para a formação da propina", de R$ 450 mil a R$ 472 mil.
A CPI do Detran tem até o dia 4 de julho para preparar o relatório sobre o caso. De acordo com o presidente da CPI, até lá, cerca de 100 mil documentos devem ser analisados pelos membros da comissão.
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