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27/10/2002
-
20h59
da Folha Online
O senador Roberto Requião (PMDB) é o governador eleito do Paraná. A estratégia usada por Requião para ganhar votos durante a disputa foi assumir um forte discurso de oposição, tanto no plano estadual quanto no federal. O principal alvo de seus ataques foi o atual governador, Jaime Lerner (PFL).
No cenário nacional, Requião traçou uma estratégia ousada: apesar de fazer parte do PMBD, partido que formou coligação com José Serra (PSDB), decidiu declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o primeiro turno.
A idéia acabou surtindo efeito, e o governador eleito conseguiu superar Dias, que durante a maior parte da campanha sempre esteve à frente nos levantamentos realizados pelos institutos de pesquisas.
Sem papas na língua
Na sua campanha, Requião usou a sua famosa "metralhadora verbal" para atacar os grupos políticos que se opunham à sua candidatura. A situação de equilíbrio com Álvaro dias na reta final contribuiu para elevar o tom dos ataques.
"Não sou frouxo, não sou banana. Tenho as minhas convicções e, quando articulo as minhas propostas, as resolvo financeira e administrativamente. Não gosto de conversa enrolada", disse Requião à Agência Folha na última semana.
Entre as muitas promessas da campanha, ele disse que irá rever os contratos firmados pelo governador Lerner com empresas que assumiram a administração das estradas estaduais do Paraná.
"Não vou transformar o governo em uma comissão de inquéritos, mas teremos que analisar as coisas que já foram feitas. Não há direito adquirido que se sobreponha ao interesse público", diz Requião.
Trajetória política
Este será o segundo mandato de requião à frente do governo do Paraná. Ele já ocupou o Palácio Iguaçu entre 1991 e 1994. Também foi prefeito de Curitiba entre 1985 e 1989. Em 94, venceu a disputa para representar o Estado no Senado.
Atualmente, faz parte da ala oposicionista do PMDB, que defendia o lançamento de uma candidatura própria do partido na disputa pela Presidência da República. Com a vitória, aumenta seu peso político dentro da legenda.
RAIO-X:
Nome: Roberto Requião de Mello e Silva
Idade: 61 anos
Estado civil: Casado com Maristela Quarengui de Mello e Silva
Filhos: Maurício e Roberta
Local de nascimento: Curitiba
Formação: Advogado e jornalista, pós graduado em administração pública pela FGV.
Mandatos Executivos: Prefeito de Curitiba (1986-1989 )e governador (1991-1994)
Mandatos Legislativos: Deputado estadual (1983-1985) e senador (1994-2002)
Filiação partidária: Entrou na política como advogado de movimentos de bairros em Curitiba e se filiou ao antigo MDB. Permanece até hoje no PMDB
Primeira medida no governo: Mudar a hierarquia das prioridades do governo, pensando na geração do emprego, acabando com "a visão neoliberal" do atual
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Com discurso de oposição, Requião vence eleição no Paraná
FÁBIO PORTELAda Folha Online
O senador Roberto Requião (PMDB) é o governador eleito do Paraná. A estratégia usada por Requião para ganhar votos durante a disputa foi assumir um forte discurso de oposição, tanto no plano estadual quanto no federal. O principal alvo de seus ataques foi o atual governador, Jaime Lerner (PFL).
No cenário nacional, Requião traçou uma estratégia ousada: apesar de fazer parte do PMBD, partido que formou coligação com José Serra (PSDB), decidiu declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o primeiro turno.
A idéia acabou surtindo efeito, e o governador eleito conseguiu superar Dias, que durante a maior parte da campanha sempre esteve à frente nos levantamentos realizados pelos institutos de pesquisas.
Sem papas na língua
Na sua campanha, Requião usou a sua famosa "metralhadora verbal" para atacar os grupos políticos que se opunham à sua candidatura. A situação de equilíbrio com Álvaro dias na reta final contribuiu para elevar o tom dos ataques.
"Não sou frouxo, não sou banana. Tenho as minhas convicções e, quando articulo as minhas propostas, as resolvo financeira e administrativamente. Não gosto de conversa enrolada", disse Requião à Agência Folha na última semana.
Entre as muitas promessas da campanha, ele disse que irá rever os contratos firmados pelo governador Lerner com empresas que assumiram a administração das estradas estaduais do Paraná.
"Não vou transformar o governo em uma comissão de inquéritos, mas teremos que analisar as coisas que já foram feitas. Não há direito adquirido que se sobreponha ao interesse público", diz Requião.
Trajetória política
Este será o segundo mandato de requião à frente do governo do Paraná. Ele já ocupou o Palácio Iguaçu entre 1991 e 1994. Também foi prefeito de Curitiba entre 1985 e 1989. Em 94, venceu a disputa para representar o Estado no Senado.
Atualmente, faz parte da ala oposicionista do PMDB, que defendia o lançamento de uma candidatura própria do partido na disputa pela Presidência da República. Com a vitória, aumenta seu peso político dentro da legenda.
RAIO-X:
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