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28/10/2002
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07h45
Em pronunciamento ontem à noite, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, com sua vitória, "a esperança venceu o medo". Repetindo slogan de sua primeira campanha derrotada à Presidência da República, em 1989, disse que "o Brasil votou sem medo de ser feliz".
O petista fez um rápido pronunciamento por volta das 22h30 em um hotel de São Paulo. "Nós vamos convocar toda a sociedade brasileira, todos os homens e mulheres de bem deste país, todos os empresários, todos os sindicalistas, todos os intelectuais, todos os trabalhadores rurais, toda a sociedade brasileira, enfim, para que a gente possa construir um país mais justo, mais fraterno e mais solidário", declarou Lula, que vestia um terno preto e uma gravata em tom verde-amarelo.
Ao lado de sua mulher, Marisa, e do vice-presidente eleito, José Alencar (PL), agradeceu bastante a José Genoino e a Benedita da Silva, que concorreram aos governos de São Paulo e Rio, respectivamente, e a seu companheiro de chapa: "Zé Alencar e eu não vamos ser um presidente e um vice. Nós vamos ser parceiros nos bons e nos maus momentos, vamos ser companheiros. E vocês sabem que, quando eu falo companheiro, falo companheiro com uma coisa muito forte no coração, porque nem todo irmão é um grande companheiro, mas todo companheiro é um grande irmão".
Por volta das 21h, o presidente eleito recebeu um telefonema de cerca de três minutos de seu adversário José Serra (PSDB). Recebeu do tucano os parabéns pela vitória. Os dois combinaram um encontro assim que Serra retorne dos dias de folga que vai tirar.
Pela manhã, logo depois de ter votado em São Bernardo do Campo (SP), Lula disse que, com sua vitória, o país viverá um "novo momento, se Deus permitir."
"É a concretização de um sonho. Só lamento que eu tenha chegado aonde cheguei 22 anos depois da morte da minha mãe. Mas, de qualquer forma, acho que chegamos lá", afirmou. "E eu acho que começa um novo tempo. Acho que o Brasil vai viver um novo momento, se Deus quiser."
Acompanhado da mulher, Marisa, da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e de Luis Favre, assessor do PT e namorado de Marta, Lula chegou à escola onde votou, às 10h25. Disse viver "o momento mais feliz de sua vida".
"É o momento mais feliz de minha vida porque conseguimos fazer uma campanha do jeito que eu gostaria de fazer. Uma campanha limpa, em que não falássemos mal de ninguém", afirmou.
Depois de três eleições presidenciais perdidas, agradeceu ao povo brasileiro pelos votos que o levarão ao Planalto: "Quero agradecer a cada eleitor e eleitora brasileira que votou no primeiro turno e que vai votar agora".
Mantendo o tom emocional que caracterizou a campanha, dedicou sua vitória ao "povo sofrido". "Quero dedicar essa eleição ao povo sofrido do nosso querido Brasil. A povo esse que eu pretendo dedicar, se ganhar as eleições, quatro anos de mandato", disse.
"Acho que o povo foi fantasticamente extraordinário, que a democracia se consolidou no Brasil. Agora é só esperar o resultado."
Ao chegar ao local, foi saudado por pessoas que o aguardavam com gritos de guerra e com uma batucada. Militantes carregavam bandeiras do partido. Alguns moradores chegaram a subir nas lajes das casas localizadas em frente ao colégio em busca de um bom ângulo de visão de Lula. O petista deixou o local rumo à sua casa às 10h45.
De lá, saiu às 13h05 em direção a um hotel na zona sul de São Paulo, onde ficou até as 22h, quando se dirigiu a outro hotel para fazer o pronunciamento.
Veja também o especial Governo Lula
"Brasil votou sem medo de ser feliz", diz Lula
da Folha de S.PauloEm pronunciamento ontem à noite, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, com sua vitória, "a esperança venceu o medo". Repetindo slogan de sua primeira campanha derrotada à Presidência da República, em 1989, disse que "o Brasil votou sem medo de ser feliz".
O petista fez um rápido pronunciamento por volta das 22h30 em um hotel de São Paulo. "Nós vamos convocar toda a sociedade brasileira, todos os homens e mulheres de bem deste país, todos os empresários, todos os sindicalistas, todos os intelectuais, todos os trabalhadores rurais, toda a sociedade brasileira, enfim, para que a gente possa construir um país mais justo, mais fraterno e mais solidário", declarou Lula, que vestia um terno preto e uma gravata em tom verde-amarelo.
Ao lado de sua mulher, Marisa, e do vice-presidente eleito, José Alencar (PL), agradeceu bastante a José Genoino e a Benedita da Silva, que concorreram aos governos de São Paulo e Rio, respectivamente, e a seu companheiro de chapa: "Zé Alencar e eu não vamos ser um presidente e um vice. Nós vamos ser parceiros nos bons e nos maus momentos, vamos ser companheiros. E vocês sabem que, quando eu falo companheiro, falo companheiro com uma coisa muito forte no coração, porque nem todo irmão é um grande companheiro, mas todo companheiro é um grande irmão".
Por volta das 21h, o presidente eleito recebeu um telefonema de cerca de três minutos de seu adversário José Serra (PSDB). Recebeu do tucano os parabéns pela vitória. Os dois combinaram um encontro assim que Serra retorne dos dias de folga que vai tirar.
Pela manhã, logo depois de ter votado em São Bernardo do Campo (SP), Lula disse que, com sua vitória, o país viverá um "novo momento, se Deus permitir."
"É a concretização de um sonho. Só lamento que eu tenha chegado aonde cheguei 22 anos depois da morte da minha mãe. Mas, de qualquer forma, acho que chegamos lá", afirmou. "E eu acho que começa um novo tempo. Acho que o Brasil vai viver um novo momento, se Deus quiser."
Acompanhado da mulher, Marisa, da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e de Luis Favre, assessor do PT e namorado de Marta, Lula chegou à escola onde votou, às 10h25. Disse viver "o momento mais feliz de sua vida".
"É o momento mais feliz de minha vida porque conseguimos fazer uma campanha do jeito que eu gostaria de fazer. Uma campanha limpa, em que não falássemos mal de ninguém", afirmou.
Depois de três eleições presidenciais perdidas, agradeceu ao povo brasileiro pelos votos que o levarão ao Planalto: "Quero agradecer a cada eleitor e eleitora brasileira que votou no primeiro turno e que vai votar agora".
Mantendo o tom emocional que caracterizou a campanha, dedicou sua vitória ao "povo sofrido". "Quero dedicar essa eleição ao povo sofrido do nosso querido Brasil. A povo esse que eu pretendo dedicar, se ganhar as eleições, quatro anos de mandato", disse.
"Acho que o povo foi fantasticamente extraordinário, que a democracia se consolidou no Brasil. Agora é só esperar o resultado."
Ao chegar ao local, foi saudado por pessoas que o aguardavam com gritos de guerra e com uma batucada. Militantes carregavam bandeiras do partido. Alguns moradores chegaram a subir nas lajes das casas localizadas em frente ao colégio em busca de um bom ângulo de visão de Lula. O petista deixou o local rumo à sua casa às 10h45.
De lá, saiu às 13h05 em direção a um hotel na zona sul de São Paulo, onde ficou até as 22h, quando se dirigiu a outro hotel para fazer o pronunciamento.
Veja também o especial Governo Lula
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