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28/10/2002
-
15h03
da Folha Online
O deputado federal Ivan Valente (PT-SP) já sinalizou hoje que o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará problemas para fugir da pressão do FMI e do mercado financeiro internacional.
Segundo ele, existe um conflito de interesses entre o capital especulativo internacional e a grande massa da população que ajudou a eleger Lula.
Este conflito, na opinião do deputado, fará com que o futuro governo de Lula seja pressionado por dois lados opostos. Ele defende que a massa popular que representa o conjunto do eleitorado se sobreponha aos interesses internacionais para provocar mudanças no governo do país.
"Existe um conflito real de interesses para acomodar o PT no mesmo estilo de governo social-democrático implantado por Fernando Henrique Cardoso", disse Valente, que é considerado um dos integrantes da ala radical do PT.
Diferentemente do discurso pacificador do presidente nacional do PT, José Dirceu, e do coordenador de programa do partido, Antonio Palocci, Valente é favorável a uma revisão dos contratos internacionais como o assinado com o FMI.
Segundo ele, o PT tem legitimidade para iniciar um movimento de mudança de modelo econômico e essa legitimidade foi dada por meio do voto popular.
O deputado disse que as mudanças não significam uma ruptura com o FMI, mas uma alteração nas relações entre o governo e as instituições internacionais.
Segundo ele, o PT nasceu da vontade popular de mudar os modelos já instituídos e não deve se subordinar às vontades do capital internacional.
O deputado criticou a participação de representantes do PL, partido do vice de Lula, José Alencar, no futuro governo. Segundo ele, o PL não tem a mesma história e a mesma vocação para mudanças que o PT.
Leia mais:
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Lula faz discurso em São Paulo sobre futuro governo petista
Veja também o especial Governo Lula
PT terá conflitos para fugir da subordinação do FMI, diz deputado
FABIANA FUTEMAda Folha Online
O deputado federal Ivan Valente (PT-SP) já sinalizou hoje que o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará problemas para fugir da pressão do FMI e do mercado financeiro internacional.
Segundo ele, existe um conflito de interesses entre o capital especulativo internacional e a grande massa da população que ajudou a eleger Lula.
Este conflito, na opinião do deputado, fará com que o futuro governo de Lula seja pressionado por dois lados opostos. Ele defende que a massa popular que representa o conjunto do eleitorado se sobreponha aos interesses internacionais para provocar mudanças no governo do país.
"Existe um conflito real de interesses para acomodar o PT no mesmo estilo de governo social-democrático implantado por Fernando Henrique Cardoso", disse Valente, que é considerado um dos integrantes da ala radical do PT.
Diferentemente do discurso pacificador do presidente nacional do PT, José Dirceu, e do coordenador de programa do partido, Antonio Palocci, Valente é favorável a uma revisão dos contratos internacionais como o assinado com o FMI.
Segundo ele, o PT tem legitimidade para iniciar um movimento de mudança de modelo econômico e essa legitimidade foi dada por meio do voto popular.
O deputado disse que as mudanças não significam uma ruptura com o FMI, mas uma alteração nas relações entre o governo e as instituições internacionais.
Segundo ele, o PT nasceu da vontade popular de mudar os modelos já instituídos e não deve se subordinar às vontades do capital internacional.
O deputado criticou a participação de representantes do PL, partido do vice de Lula, José Alencar, no futuro governo. Segundo ele, o PL não tem a mesma história e a mesma vocação para mudanças que o PT.
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