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29/10/2002 - 06h15

Apuração de votos do 2º turno termina após 25 horas

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Durou cerca de 25 horas a apuração dos votos do segundo turno. Ontem, com 99,9% apurados na noite do domingo, os problemas ficaram localizados a sete cidades de Mato Grosso, Pará e Acre onde houve dificuldades de transporte de disquetes com o boletim de urna.

A última seção a ter o seu resultado contabilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi de Assis Brasil, no Acre, cidade próxima à fronteira com o Peru. A razão foi o capotamento do carro que levava os disquetes. Pela manhã, o presidente do TSE, ministro Nelson Jobim, disse que um helicóptero buscaria o material.

No primeiro turno, a apuração demorou 62 horas. O maior atraso foi em São Paulo e no Distrito Federal.

Conforme o boletim definitivo do TSE, divulgado às 19h18, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com 52.793.364 votos (61,27%), e José Serra (PSDB) recebeu 33.370.739 votos (38,73%).

Dos 115,254 milhões de eleitores, 20,47% não compareceram. Entre os 91,664 milhões que foram à seção, 1,88% votou em branco e 4,12% anularam o voto.

Os ministros do TSE realizaram sessão plenária, às 19h, para proclamar o resultado parcial da eleição, ou seja, anunciar oficialmente a eleição de Lula para a sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso.

A proclamação foi provisória porque foi feita com base em relatório preparado pela Secretaria de Informática do TSE quando os votos da urna do Acre ainda não haviam sido computados.

O vice-presidente do TSE, Sepúlveda Pertence, elogiou o nível das campanhas, dizendo que o avanço da tecnologia -com o uso da urna eletrônica- foi acompanhado pela elevação da qualidade da discussão política.

Balanço
Após três semanas sem falar com a imprensa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, fez ontem um bem-humorado balanço das eleições e em seguida telefonou para Lula e para FHC. Ambos fizeram elogios à condução do processo eleitoral.

Jobim disse que havia tentado falar também com o senador José Serra (PSDB) -que disputou o segundo turno com Lula-, de quem é amigo, mas informou que não o havia localizado. Ele negou que a amizade tenha sofrido abalo no primeiro turno, quando o TSE concedeu oito minutos de direitos de resposta a Lula no último dia da propaganda gratuita na TV.

Jobim confirmou que um dos motivos do silêncio entre o dia 6 e ontem foram as referências sobre essa amizade. "Somos atores do processo eleitoral, não da campanha eleitoral", disse, referindo-se aos ministros do TSE.

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