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29/10/2002 - 07h43

Saída de Alencar dá vantagem ao PMDB no Senado

da Agência Folha, em Belo Horizonte

A eleição do senador José Alencar (PL-MG) para a Vice-Presidência da República deixará o PMDB em vantagem numérica para a disputa pela presidência do Senado em relação ao PFL. Ambos terão 19 senadores, mas o PMDB deve ganhar mais um com a renúncia de Alencar no ano que vem.

O vice de Lula foi eleito senador em 1998 pelo PMDB. O suplente que assumirá sua cadeira é um peemedebista. Trata-se do ex-prefeito de Iturama, no Triângulo Mineiro, Aelton José de Freitas.

Com isso, o PMDB passará a ter 20 senadores e sai na frente do PFL na disputa pela presidência daquela Casa. Pela tradição existente no Senado, tem direito a indicar o presidente o partido com a maior bancada. O peemedebista José Sarney (AP) reivindica o posto e disputa contra o PFL.

O novo senador peemedebista passou a figurar como primeiro suplente de Alencar faltando cinco dias para o fim do registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, em julho de 1998. Eles não se conheciam. Atualmente, Aelton é funcionário do gabinete de Alencar no Senado. Exerce a função de assessor político no Triângulo.

Alencar impôs um nome do Triângulo para ser o primeiro suplente. Foi então que lhe foi apresentado Aelton, 40, engenheiro agrônomo.

Ele foi eleito prefeito de Iturama em 1992 pelo PSB. Tomou posse com um mandado de segurança em mãos porque a sua eleição tinha sido impugnada pela Justiça Eleitoral, que alegou abuso do poder econômico. Ele recorreu e derrubou a impugnação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No meio do mandato, se filiou ao PMDB. Em 2000, voltou a disputar a Prefeitura de Iturama e perdeu a eleição por 81 votos.

Aelton admitiu recentemente à Agência Folha que nunca foi um admirador de Lula e que só trabalhou por ele por causa de Alencar. Não negou o pragmatismo.

"Estou apoiando porque não tem ninguém mais interessado do que eu. E o senador José Alencar solidificou muito a chapa [com Lula]", disse Aelton.

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