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29/10/2002 - 05h56

Genoino agradece a Lula e evita falar de seu futuro

EDUARDO SCOLESE
da Agência Folha

José Genoino, candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo, reconheceu ontem que somente chegou ao segundo turno da eleição paulista, tendo inclusive desbancado no meio do caminho seu adversário histórico Paulo Maluf (PPB), por causa da força da candidatura a presidente de Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu faço política sem reclamar e sempre disse que agradecia de coração a força que o Lula deu para a minha campanha. Eu digo tranquilamente: eu não chegaria onde cheguei sem a força que o Lula me deu. Eu faço questão de reconhecer", disse ontem Genoino.

Durante toda a campanha, a direção estadual do PT fez questão de grudar Genoino na imagem de Lula a fim de alavancar seu nome nas pesquisas de intenção de voto. A estratégia deu certo, colocando pela primeira vez um petista no segundo turno do pleito paulista.

Ontem, Genoino se esquivou quando foi questionado sobre seu futuro político, sua virtual participação na agenda nacional de transição e nos próximos passos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Eu não estou pensando no futuro. O meu futuro é pensado semana a semana. Agora vou terminar o meu mandato na Câmara e agradecer a votação que tive nas principais cidades do Estado."

O nome do petista tem sido citado como um futuro ministro da Defesa, devido ao seu acesso livre entre os militares. Mas nos corredores do partido já se fala na ampla possibilidade de ele assumir a presidência do PT a partir do próximo ano, quando José Dirceu passará a figurar como o homem-forte do governo Lula.

Para o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, a campanha petista ao governo de São Paulo credenciou Genoino a qualquer cargo de primeiro escalão no governo Lula ou mesmo dentro da direção nacional do partido.

"Eu não tenho dúvidas que ele [Genoino] estará no grupo mais importante de trabalho do Lula, mas por enquanto nada foi articulado, seja para o partido ou para o Planalto", afirmou Frateschi.

Ao fazer um balanço rápido de sua campanha, que começou cotada abaixo da casa dos 10% nas pesquisas, Genoino não poupou elogios à militância do partido.

"Eu ganhei muita legitimidade no Estado de São Paulo, ganhei muita força, o PT ultrapassou o teto dos 40% dos votos. Nós fizemos uma campanha programática, que mobilizou toda a militância do partido."

A partir da próxima semana, Genoino começará a percorrer nos finais de semana as principais cidades do Estado. Nos dias úteis da semana, o petista cumprirá seus últimos momentos como parlamentar, cargo que ocupa desde 1982 sempre como um dos mais bem avaliados.

Genoino telefonou na manhã de ontem para o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB). "Desejei boa sorte para o Estado. Ele [Alckmin] fez questão de elogiar o nível da disputa."

Veja também o especial Eleições 2002
 

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